Para ter uma boa safra, é indispensável que as condições climáticas sejam favoráveis, com períodos de chuva e sol na medida para o desenvolvimento e amadurecimento das culturas. Esta safra será influenciada pelo fenômeno La Ninã, quando as águas do Oceano Pacífico Equatorial se resfriam abaixo da média, ocasionando escassez de chuvas e aumento na temperatura na região Sul do Brasil.
De acordo com o coordenador do Escritório Regional da Emater/RS – Ascar em São Lourenço do Sul, Volnei Bauer, o município corre o risco de passar por uma estiagem, pois os prognósticos climáticos apontam para um verão mais seco, no entanto, não tão severo como na safra passada.
A falta de chuvas neste período prejudica, principalmente, os grãos que necessitam de muita água e umidade para realizar o processo de germinação e, posteriormente, de enchimento. Na safra passada, os produtores já colheram grãos menores do que o esperado e, por isso, tiveram queda na produtividade.
Soja
As estimativas dão conta de que serão 42 mil hectares plantados com soja no município. Bauer explica que algumas áreas precisaram ser replantadas porque as sementes não germinaram devido à falta de umidade do solo.
Na última safra, foram plantados 40 mil hectares de soja, com uma produtividade estimada de 1.350 quilos por hectare, totalizado 54 mil toneladas de grãos. Embora seja um número alto, esse valor representa redução de produtividade de 55% em relação às safras anteriores, ocasionado pela falta de chuvas em períodos importantes. Este fenômeno deve se repetir, por isso, alguns produtores adiantaram o plantio ou estão investindo em formas de deixar a umidade do solo.
Milho
A área plantada com milho irá aumentar nesta safra. Na anterior, foram 21 mil hectares e nesta, 23 mil hectares. O crescimento está sendo influenciado pelo preço pago aos produtores e também pelo alto custo das rações para alimentar o rebanho leiteiro, visto que o milho é um complemento nas refeições.
No momento não foi registrado nenhum prejuízo ou perda nas lavouras de milho. As chuvas que têm caído nas últimas semanas foram importantes para o desenvolvimento da planta e dos grãos.
Tabaco
O tabaco está começando a ser colhido na região. Alguns produtores registraram o amarelamento das folhas devido à falta de umidade, mas isso logo se estabeleceu após as chuvas. A estimativa é que seja uma ótima safra. O coordenador do Sistema Mutualista da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Geber Ehlert, afirma que a produção tende a ocorrer normalmente, porque as pancadas de chuva têm ajudado na medida certa.
