O amor por seu Fusca está trazendo um novo papel existencial ao agente de turismo Rodrigo Seefeldt. De São Lourenço do Sul, ele agora se torna também escritor e autor. É o ghost writer do seu Fusca Amadinho, uma espécie de porta-voz que conta algumas de suas histórias no livro “As aventuras do Fusca Amadinho”, com lançamento em breve pela editora Pragmatha.
Seefeldt conta que a ideia do livro surgiu através de uma oficina literária realizada no Centro de Escritores Lourencianos (CEL), ministrada pela professora, escritora e presidente Cleia Dröse, que abordava os principais elementos do conto. “A partir dos ensinamentos e considerando as dicas da oficina, resolvi começar escrever em primeira pessoa a história do Fusca Amadinho, que chegou a nossa família precisando voltar a andar, ou melhor, voltar a viver. O Fusca se tornou integrante da nossa família e passou a receber todo carinho e atenção, e vivemos muitos momentos juntos”, recorda.
Para ele, o processo de escrita fluiu lentamente. Após escrever o primeiro conto da vida do fusca, o autor resolveu colocar no papel também a relação do automóvel com a família, lembrando os momentos vividos até aquele momento. “A relação do Amadinho comigo, com a Maria Flor, com Aline e com os amigos. Ocorreram momentos de dúvidas e principalmente de bloqueios criativos, mas que foram superados pelas lembranças engraçadas e divertidas que temos com o Amadinho e também do apoio do CEL, através da professora Cleia”, afirma.
Segundo o lourenciano, os leitores vão poder viajar na história do Fusca Amadinho. Mas ele deixa claro que o livro quem escreveu foi o próprio fusca. “Imaginem um Fusca escrevendo suas histórias. O leitor poderá ter certeza de que terá uma obra com carinho, amor, simplicidade e principalmente dos mais sinceros sentimentos”, disse.
E ter essas histórias em um livro, para Seefeldt, significa registrar as histórias da vida de sua família. “Mesmo com todas as dificuldades que a vida nos impôs, o Amadinho sempre esteve conosco, estragando, quebrando, mas sempre andando”, lembra.
Neste sentido, ele destaca que a publicação pretende incentivar que as pessoas não desistam dos seus sonhos. “Que as cicatrizes são marcas de momentos vividos seja na pele ou na lataria de um Fusca. Fazem parte de histórias de vida que valem a pena serem contadas e escritas”, finaliza.