Na próxima terça-feira (15), inicia na cidade do Rio Grande a pesquisa do Ministério da Saúde denominada “Inquérito de Cobertura Vacinal”. O trabalho consiste em coletar informações e estimar como está essa cobertura em crianças nascidas em 2017 e 2018, no que se refere a uma série de vacinas – BCG, Hepatite B, poliomielite, pentavalente, rotavírus humano, febre amarela, meningococo conjugada C, pneumococo conjugado 10 valente, Influenza, Hepatite A, tríplice viral, varicela, reforço para DPT. Com os resultados, o Ministério, junto com o estado e o município, deve traçar estratégias para melhorar os percentuais da vacinação.
O município do Rio Grande é o único do interior do Estado que vai participar dessa pesquisa do Ministério, já realizada em várias capitais brasileiras, que agora chega em outras cidades pré-selecionadas. Em 2020, a Secretaria da Saúde do Rio Grande aceitou participar desse levantamento.
Na quinta-feira (10), uma equipe de quatro profissionais contratados pela empresa Science (Sociedade para o Desenvolvimento da Pesquisa Científica), que atua como executora do trabalho de campo para o Ministério, participou de uma reunião de treinamento na sede da Secretaria de Município da Saúde (SMS), na qual foram apresentados os objetivos desse levantamento e como ele será executado. O trabalho, de acordo com o coordenador estadual da pesquisa, Ernesto Saraiva, tem duração de três meses.
Os pesquisadores devem visitar cerca de 450 famílias da área urbana da cidade, farão entrevistas com os responsáveis pelas crianças e a fotografia das carteiras de vacinação nas quais constam os registros de diversas vacinas. A pesquisa não tem relação com a Covid-19, conforme salientou o coordenador.
“A pesquisa vai contribuir para fazermos uma busca ativa dessas crianças que não comparecem para receber as vacinas de rotina, bem como vai melhorar a cobertura vacinal desse público e identificará quais motivos levam os pais a não conseguirem levar as crianças nas datas adequadas da vacinação”, explicou a secretária da Saúde, Zelionara Branco.
“Observamos que o nosso percentual de cobertura, que já esteve perto de 95%, caiu, e hoje está em torno de 75%. A pandemia influiu para essa redução, mas precisamos ver quais motivos as famílias alegam para não vacinarem suas crianças”, acrescentou a secretária.