Rio Grande: Curso de libras chama a atenção para o atendimento acessível nos prédios públicos

Sistema de Intérprete de Libras. (Foto: Divulgação/Internet)

Como forma de qualificar servidores para um atendimento mais adequado com relação à acessibilidade, a Prefeitura do Rio Grande iniciou no mês de fevereiro a primeira edição de seu curso básico de libras. A iniciativa é da Coordenadoria de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades e da Superintendência de Comunicação e tem como objetivo preparar funcionários para um primeiro atendimento à comunidade surda nas repartições públicas do município.

O curso tem um total de 20h/aula e tem sido ministrado pela professora de letras/libras, técnica tradutora e intérprete da Prefeitura, Maria Sodré, que comentou a finalidade da proposta: “A acessibilidade é um direito garantido por Lei. O que queremos, com esse curso, é cumprir com essa obrigação com o público surdo e que precisa de intérprete. Entendemos que o poder público deve dar o exemplo”.

Nesse primeiro momento, as aulas são destinadas para trabalhadores que atuam no primeiro atendimento ao público nos prédios da prefeitura. Por esse motivo, a primeira turma de 20 pessoas é formada em sua maioria por guardas municipais, recepcionistas e servidores de protocolo.

Maria, que aprendeu libras para se comunicar com o filho, vê na proposta uma oportunidade de compartilhar e incentivar que mais pessoas aprendam a linguagem brasileira de sinais. “Tudo começou por ele, da necessidade de comunicação com meu filho. Quando ele tinha 13 anos eu sabia apenas o básico e ele fez um sinal de desprezo para mim, porque eu não conseguia interagir com os colegas surdos dele. Isso mexeu comigo me levou a buscar capacitação. Me formei como professora justamente para interagir com a comunidade, além de poder passar meus conhecimentos também”, diz.

O curso está na 14ª aula e até agora já foram estudados temas como alfabeto, números, gestão de mãos, cumprimentos, meses do ano, família, documentos, redes sociais, frutas, animais, sentimentos, espaços públicos entre outros.
“Estamos focando no básico para que a pessoa possa se comunicar. O foco é que eles possam auxiliar o público surdo na interação”, afirma a professora.

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