Rio Grande adotará projeto piloto de escola cívico militar

A proposta é de contar com o apoio de militares inativos da Marinha do Brasil para promover atividades extracurriculares no turno inverso para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. (Foto: Prefeitura do Rio Grande)

A partir de março a escola Cipriano Porto Alegre, no bairro Lagoa, deverá contar com um projeto piloto de escola cívico militar. A adesão foi decidida em votação realizada após audiência pública que reuniu professores, funcionários e famílias de alunos. O placar foi de 49 votos a favor e três contrários.

A proposta é de contar com o apoio de militares inativos da Marinha do Brasil para promover atividades extracurriculares no turno inverso para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. “A escola cívico militar inclui outros componentes na preparação dos alunos que são a disciplina, a atitude, ao mesmo tempo em que reforça aquilo que a Base Nacional Curricular propõe que as escolas façam. Na prática vai se adicionar ao currículo esta formação além de outras como civismo, cidadania e uma série de outras coisas que são importantes na formação das pessoas”, diz o secretário municipal de Educação, Henrique Bernadelli.

A escola Cipriano Porto Alegre atende hoje 844 alunos desde a educação infantil até o final do Ensino Fundamental E já é tida como uma referência dentro da rede municipal, porém o impacto de dois anos de pandemia e ensino remoto preocupam a direção, que deposita altas expectativas no novo programa.

“Eu espero ajudar mais o nosso aluno, pois nestes dois anos em que estamos parados tem muitas perdas e a gente vai tentar, através deste programa, juntamente com os inativos da Marinha, tentar resgatar um pouco do que eles perderam ao longo deste tempo. O que propõe não é uma coisa tão diferente do andamento atual da escola. Só será agregado mais recursos humanos, para melhorar mais ainda nosso IDEB e a situação das crianças”, avalia a diretora Rosa Maria Casanova.

Apesar da proposta inicial ser de integrar apenas os estudantes das séries finais do Ensino Fundamental a direção não descarta ampliar o projeto também para os pequenos, em caso de uma boa avaliação das atividades após os primeiros meses.

O prefeito Fábio Branco (MDB) destaca que o interesse da prefeitura no projeto está atrelado, principalmente, a possibilidade de garantir a capacidade de atender mais estudantes em turno integral e, desse modo, conseguir melhorar os indicadores da Educação. “Queremos ter um aluno melhor preparado, então vamos fazer um projeto piloto nesta escola e a depender do funcionamento iremos avaliar no final do ano se faremos um efeito multiplicador para mais escolas”, diz.

Bernadelli também apontou a diferença principal entre os dois modelos está na gestão. Segundo ele, no caso das escolas cívico militares a gestão e administração segue com as equipes de professores da rede escolar e obedecendo as regras do município. Já os colégios militares são geridos e administrados por militares e a maioria dos professores também são militares.

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