Emater e Pró-Milho RS orientam produtor sobre secagem e armazenagem de grãos na propriedade

Na região, o cultivo do milho se dá com a finalidade tanto para silagem, quanto para grão (Foto: Reprodução/Freepik)

No dia 15 de abril, através de webinar técnico, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), programa Pró-Milho RS e Emater-Ascar/RS orientaram os produtores sobre secagem e armazenagem de grãos nas propriedades rurais. Participaram a secretária estadual da Agricultura, Silvana Covatti, e o presidente da Emater-RS, Geraldo Sandri. O Pró-Milho RS foi criado com o objetivo de aumentar a produção do grão, tornando o Rio Grande do Sul autossuficiente no cereal.

O programa foi construído com a participação de entidades representativas, produtores, cooperativas, cerealistas, integradoras de aves e suínos, além das entidades de pesquisa, ensino e assistência técnica como a Emater-RS, contratada da Seapdr. Ao incentivar a produção, o Pró-Milho RS busca reduzir o déficit do grão no Estado, além de proporcionar renda compatível e maior segurança aos produtores rurais.

Os extensionistas Maurício Dall Acqua, da Emater de Casca, ensinou como construir silos secadores nas propriedades, de acordo com modelo preconizado pela Emater. Geverson dos Santos, da Emater Regional Pelotas, falou sobre o manejo dos grãos armazenados em silos secadores. O vídeo está à disposição dos interessados no canal do Rio Grande Rural da Emater no YouTube.

Na região, o cultivo do milho se dá com a finalidade tanto para silagem, quanto para grão. A área plantada chegou a 50.596 hectares para grão e de 15.218 hectares para silagem nos 22 municípios da Região Sul. O milho grão já colhido ainda é insuficiente para abastecer o mercado local e por isso seguem ocorrendo as compras do grão oriundo da região Centro-Oeste do país.

O milho para silagem segue em colheita e bem mais adiantada que o milho para grão. Todas as áreas estão com boas a ótimas produtividades, tendo como referência 30 toneladas/hectare. Nas melhores lavouras, as produtividades alcançaram 45 toneladas/hectare, e com a silagem de muito boa qualidade. Estão colhidos 81% do total das áreas para silagem.

O milho com destino para grão que ainda deve ser colhido está predominantemente na fase de maturação, com 32% das áreas nesta fase. A colheita de milho grão está com 38% das áreas colhidas, em ritmo mais lento devido às prioridades para as colheitas do arroz e da soja. Os rendimentos de referência estão entre 5,4 mil quilos por hectare a seis mil quilos por hectare, mas com lavouras devendo atingir 7,2 mil a 8 mil quilos por hectare.

Com estas produtividades além do esperado, mais os valores de comercialização por saco de 60 quilos, os produtores estão bastante satisfeitos com os resultados, devendo seguir investindo fortemente no cultivo, com possibilidades de ampliação das áreas de milho para a safra 2021/2022, mesmo com uma significativa elevação dos custos de produção.
O preço da silagem de milho ensacada posta no local de compra permanece estável em R$ 0,50 o quilo. A silagem ensacada, mas comercializada na propriedade rural permanece entre R$ 0,25 a R$ 0,35 o quilo. O saco de 60 quilos é comercializado a valores de referência de R$ 80. Em São Lourenço do Sul e Canguçu a R$ 76, em Piratini a R$ 84, em Turuçu a R$ 77 e em Santana da Boa Vista a R$ 79.

De acordo com Santos, o incentivo à armazenagem na propriedade busca a destinação de ambiente adequado, possibilitando a conservação dos grãos ao longo do tempo, no mínimo o período entre uma safra e outra, ou seja, um ano.

Para isso, a Emater desenvolve projetos e sistemas de armazenagem mais adequados à pequena propriedade. São sistemas alternativos com a montagem de secadores e silos a partir de alvenaria armada (tijolos), tecnologia promovida por grupo de extensionistas criado para este fim específico, inclusive com a realização de curso em seu Centro de Treinamento (Cetac), em Canguçu.

Segundo o extensionista, há hoje diversas unidades de armazenagem construídas na região e espalhadas entre os municípios de Canguçu, Pelotas, Turuçu, sendo que a maior quantidade está instalada no interior do município de Canguçu, em torno de 100 unidades.

Enviar comentário

Envie um comentário!
Digite o seu nome