
A colheita da soja segue em ritmo acelerado na Região Sul que, assim como o arroz, foi beneficiada pelo clima seco, sem chuvas durante o período, resultando em piso muito bom para o tráfego de máquinas nas lavouras. De acordo com a Emater, a colheita atingiu 45% da área total semeada, com destaque para São Lourenço do Sul, que informa 70% das áreas já colhidas, seguido por Pedras Altas, com 65%, Arroio Grande com 63% e Pelotas com 60%. As ótimas produtividades e produções estão se confirmando, o que deve resultar na maior safra do grão na história da região, tanto em quantidade como em renda para o sojicultor.
A cultura já havia atingido patamares históricos na Zona Sul do estado pela área semeada, que pela primeira vez ultrapassou as 400 mil hectares. A área administrativa do Escritório Regional da Emater Pelotas, que engloba 22 municípios, atingiu o total de 424.604 hectares. A produção esperada é de 1.187.510 toneladas e uma produtividade média próxima dos três mil quilos por hectare. O cultivo vem experimentando aumentos crescentes de área cultivada nos últimos dez anos e deve continuar crescendo.
Os aumentos de área cultivada ocorrem tanto na agricultura familiar, como na agricultura empresarial e, também, em áreas em rotação com arroz irrigado, como nas áreas de relevo ondulado e fortemente ondulado e nas áreas coloniais, como em áreas de pecuária. Deste montante, até 32% do total da área é cultivada em áreas de várzea, em rotação com o arroz irrigado. Segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) a soja em rotação com o arroz atingiu 366.409 hectares, crescimento de 7,4% em relação à safra anterior.
Esta deve ser também a safra mais lucrativa de todas até agora. Os sojicultores e a população estão sendo beneficiados com a geração de renda, mais toda a circulação de dinheiro advinda da safra histórica a ser comercializada, com projeções de serem alcançados R$ 3,5 bilhões, recurso que irá circular nas economias locais, municipais e regional. Os preços pagos aos sojicultores registram pequena elevação nas cotações, tendo como referência os preços entre R$ 165 a R$174 por saco de 60 quilos.
Em Arroio Grande, o saco de 60 quilos está cotado em R$170, em Piratini a R$172, Santana da Boa Vista e Pelotas a R$ 168 e Amaral Ferrador a R$165. Em Canguçu, os preços chegaram a R$ 169, em São Lourenço do Sul a R$ 167 e em Rio Grande a R$ 174 por saco.
No momento, a cultura está predominantemente no estágio de maturação e por colher, com 46% das áreas nesta fase. Outros 9% encontram-se em enchimento de grãos.