Professora pede ajuda após digitar chave Pix errada e transferir todo o salário para um desconhecido

Natural de Piratini, Josangela Lopes, de 49 anos, mora em Pinheiro Machado, onde leciona, mas também atua em escolas de Candiota e Pedras Altas. (Foto: Nael Rosa/JTR)

Desde que foi criado pelo Banco Central, em fevereiro de 2020, o Pix facilitou muito a vida de quem busca, principalmente, fazer compras ou pagar uma conta.

Mas a falta de atenção, somada à correria do dia a dia e ao fato de que repetirmos o gesto com frequência em nossos celulares, pode nos induzir ao erro no momento de digitar a chave para quem pretendemos fazer a transferência.

Acostumada realizar a operação digital em questão, a professora Josangela Lopes dos Santos, a Jô, de 49 anos, cometeu um erro e acabou transferindo todo o salário que ganha pelas 40 horas mensais ao dar aulas em dois turnos na rede estadual. Natural de Piratini, ela mora em Pinheiro Machado, onde leciona. A professora também atua em escolas de Candiota e Pedras Altas.

“Não acredito que fiz isso. Cada vez que pego o celular na mão me bate um desespero. Uma das minhas chaves é o meu e-mail, que começa com a palavra “jokadyy”, e por estar acostumada a fazer Pix entre as duas contas bancárias que possuo, não me atentei ao erro que cometi, pois faltou uma letra e acabei transferindo todo o meu salário para outra chave que começa com a palavra “joaddy”, também e-mail, ambos do Hotmail, e sem perceber que faltava uma letra, o “K”, cliquei em transferir. Quando percebi o que tinha feito, perdi o chão”, relatou a piratiniense em meio ao choro compulsivo.

A partir daí, as colegas de trabalho se mobilizaram e localizaram pelo Facebook a pessoa que havia recebido os R$ 2.855,00 de Jô e que mora no estado da Paraíba. Mesmo que enviassem o comprovante da operação, a pessoa negou que o valor foi parar em sua conta. A partir disso, Jô resolveu apelar para a solidariedade da comunidade para poder pagar as contas, todas já vencidas.

“Não sei mais o que fazer ou a quem pedir. A rifa que meus amigos fizeram para me ajudar a recuperar o meu salário não deu resultado. O proprietário da casa a qual moro e pago R$ 800,00 mensais, me deu até o dia 10 de abril para quitar o aluguel. Preciso comprar comida para mim e minha filha. Tenho também que pagar as contas de água e luz e outras tantas que já estão me cobrando, pois a quem devemos não quer saber de temos ou não problemas e, sim, exige receber. Me ajudem, gente!”, apelou a professora.

Ela revelou que, desde o fato, passou a ter crises de ansiedade. Por vez ou outra lhe falta o ar e ainda não consegue dormir, preocupada de como vai fazer para custear também os deslocamentos até as duas escolas onde leciona. Mas os compromissos não honrados não param por aí:

“Trabalho pela manhã e à noite, uma vez que, à tarde fico com minha filha, que tem problemas emocionais. E isso me faz pagar uma pessoa para ficar com ela em parte do dia, já que estou fora e ela não pode ficar só. Enfim, atrasar uma conta ou outra por alguns dias é algo comum para muitas pessoas, mas sempre consegui pagar a todos que devo. Mas agora, como vou fazer, inclusive, para garantir o sustento básico e necessário para nós duas?”, indaga Jô.

Se você puder e quiser ajudar Josangela com qualquer valor, a outra chave Pix dela é seu CPF: 73380415049.

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