Volta às aulas movimenta comércio mais cedo
Depois de um Natal de boas vendas, com aumento de 5,2% nos negócios sobre o ano anterior, o comércio já se mostra bem movimentado com a procura pelo material escolar para o novo ano letivo, que começa no próximo mês. Com a loja bem abastecida, a comerciante Fernanda Nunes confessa que se surpreendeu com o movimento de clientes já nos primeiros dias de janeiro. “Vieram mais cedo”, avalia em relação ao fluxo de clientes no mesmo período do ano passado.
“Virou o ano e a gente teve que fazer da loja um grande feirão de material escolar”, conta Fernanda, que praticamente duplicou a oferta de produtos do ano passado para atender a demanda. Pesquisas de produtos e preços e carrinhos cheios deixam os corredores repletos de clientes. Na hora de pagar, o parcelamento é o preferido por 70% dos consumidores.
Sobre os preços, a comerciante explica que as compras em rede proporcionam que possa oferecer os melhores, com promoções e ofertas relâmpagos. Como exemplos, Fernanda cita uma mochila por R$ 24,99 e um caderno de 10 matérias por R$ 12,99, ambos na oferta relâmpago da semana.
A alta do dólar nos últimos dias, explica, não trouxe impacto nos custos do material escolar, ao contrário das expectativas. Segundo Fernanda, não houve repasse por parte dos fornecedores, já que as compras foram bem antecipadas. “Começamos em maio”, lembra. Embora não comercialize os livros didáticos, a loja oferece as listas de material escolar de todas as escolas, conta.
Com os dois filhos, a empresária Caroline Ferraz, moradora do Sítio Floresta, aproveitava para escolher o material para o começo das aulas deles. Joaquim, de quatro anos, ingressará no pré-A e Helena, de oito, iniciará no quarto ano do Ensino Fundamental. A compra é tranquila, diz Caroline, sobre as escolhas que eles podem fazer.
Joaquim permanece junto à mãe, enquanto Helena olha nas prateleiras os produtos que lhe interessam. Ela vê o preço e pergunta à mãe: “R$ 40,00 é muito caro?” Caroline responde: “Não. Pode levar”. Satisfeita, Helena coloca o estojo no carrinho junto com outros materiais. Ambos ganham mesadas, que usam para compras próprias.
Na loja, cada um levava sua carteira, mas na hora de pagar a conta, desta vez, ela era de Caroline, que trabalha a questão da educação financeira com os dois filhos desde cedo.
Datas previstas para a volta às aulas em Pelotas, com algumas variações em razão dos anos de Ensino Fundamental ou Médio:
Município – 15 de fevereiro
Estado – 10 de fevereiro
Particulares – a partir de 12 de fevereiro
Receita Federal atualiza regulamentação dos criptos
Consulta pública para criar a nova regulamentação da obrigação acessória relativa à obtenção de operações envolvendo criptoativos está encerrada, mas as tratativas com o mercado ajudarão na construção de uma norma adequada, que evite riscos fiscais, divulga a Receita Federal do Brasil (RFB). A nova Instrução Normativa instituirá a DeCripto – Declaração de Criptoativos.
Os subsídios prestados por 24 colaboradores estão em fase de processamento e ao final, será atualizada a IN RFB 1.888, de 3 de maio de 2019, com previsão para ainda o primeiro trimestre de 2025. Em agosto do ano passado, a RFB realizou a primeira reunião que tratou do Cripto Conforme, com o começo das tratativas junto a entidades e empresas que atuam no ramo.
Desde então, diversas reuniões discutiram a regulamentação, inclusive com a abertura do período de consulta pública. Autoridades tributárias participaram de eventos nacionais, interagindo com especialistas de outros países, na busca de um gerenciamento adequado para a questão, dada a relevância desse mercado, informa a RFB.
Do planejamento da fiscalização, após a regulamentação a ser atualizada em breve, a estratégia contemplará a consolidação das oportunidades de autorregularização, em primeiro momento, e a execução de ações coercitivas, quando necessárias, em estágio posterior. Nas reuniões realizadas, foi constatada a necessidade de conformidade da atuação de exchanges estrangeiras no mercado nacional.
A RFB pretende implementar novidades para a declaração de operações financeiras envolvendo criptomoedas. O plano recebeu o nome de Cripto Conforme, fazendo referência ao Remessa Conforme, programa lançado no ano de 2024, que certifica as empresas de e-
commerce para seguir regras de importação diferenciadas em termos de tributação.
O movimento faz parte do processo já anunciado pela RFB, como resultado da adesão a padrões internacionais de tributação de operações com os ativos digitais. Em junho de 2024, o órgão de arrecadação federal criou o grupo de trabalho específico para estudar o tema e as adequações que se mostraram necessárias perante o mercado.
Agenda
Dia 16 – Possibilidades de crédito
A Serasa apresentará na manhã do próximo dia 16 a Nova Era do Crédito, em evento com a participação do economista-
chefe Luiz Rabi e do diretor de Serviços de Crédito, Giresse Contini. Com a iniciativa, a Serasa busca atender a um dos maiores pedidos dos consumidores, que é o da baixa instantânea da negativação, com impacto em tempo real no score. Através do Serasa Limpa Nome, serão oferecidas novas possibilidades de crédito para os consumidores retomarem a sua autonomia financeira e as empresas impulsionarem negócios com mais agilidade e segurança. O mercado de crédito brasileiro movimenta R$ 6,8 trilhões por ano e o score tem sido uma peça-chave nesse cenário. Durante a coletiva, Rabi e Contini apresentarão um estudo inédito que revela como essa transformação pode gerar um impacto econômico de R$ 13 bilhões, montante equivalente ao faturamento de um Dia das Mães, de acordo com o resultado do mesmo estudo.
Aumentos nos custos do cesto e da ração
A última pesquisa de preços do ano do Procon Pelotas nos supermercados da cidade encontrou aumentos médios de 6,6% no custo dos 51 produtos do cesto básico e de 6,7% nos 13 da ração essencial. Realizada no final do mês de dezembro, a pesquisa somou R$ 1.324,23 no total do cesto básico e R$ 628,57 no da ração essencial.
Principais variações:
Aumentos
Dos 36 aumentos registrados no mês de dezembro, os maiores foram:
- Repolho – 54,26%
- Bolacha recheada – 43,53%
- Ovos de granja – 43,09%
- Laranja – 39,14%
- Vinagre de álcool – 28,43%
Quedas
Dentre 14 produtos, as maiores quedas ficaram com:
- Linguiça fresca – 8,96%
- Queijo lanche – 8,74%
- Sabão em barra – 6,40%
- Absorvente – 5,54%
- Alface – 5,16%