Estamos na última semana do ano, prestes a renovar as esperanças com o ano vindouro. Na correria dos últimos dias, as pessoas estão se organizando para a virada e a maioria compartilhando de uma expectativa positiva com o próximo ano.
Além da tendência natural de sermos mais otimistas e esperançosos, vivemos um momento de transição política que pode alterar a conjuntura econômica e a maior parte da opinião pública gaúcha aposta suas fichas nos novos governos estadual e federal, acreditando que a inflação será controlada e o desenvolvimento econômico será retomado.
Como a população sofreu com a pandemia e está cansada da polarização e radicalização política, 75% dos brasileiros são contrários aos atos considerados como “golpistas” na frente de quartéis que pedem intervenção militar. Inclusive, segundo o DataFolha, 56% sugerem que haja punição para os manifestantes.
Pesquisas realizadas pelo IPO – Instituto Pesquisas de Opinião, no RS, indicam que 60% dos gaúchos acreditam nos futuros governos, tanto de Eduardo Leite quanto de Lula, e depositam suas esperanças nos dois.
Essa expectativa está associada a diferentes perspectivas, que começam pela leitura da capacidade pessoal destes gestores, pelo entendimento de que ambos possuem conhecimento e experiência e, especialmente, pela confiança depositada em suas promessas de campanha, em seus planos de governo.
Mas o maior aprendizado da pesquisa diz respeito à vontade, da maior parte da população, de progredir, empreender ou se qualificar. Vivemos um momento de aposta, de crença no futuro. Os gaúchos demonstram nas entrevistas que há um grande desejo de avanço, esperam que 2023 seja um ano de muitas conquistas pessoais e familiares. E esta percepção está mais associada ao esforço individual de cada pessoa e à dedicação daqueles que lideram ou trabalham em equipe e dos empreendedores.
Este sentimento de otimismo motiva uma expectativa positiva que poderá contribuir para um novo momento de desenvolvimento econômico, social e tecnológico.
Entretanto, essa tríade de desenvolvimento exige um “projeto de Estado”, um “projeto de País” que seja maior e mais perene do que os governos que tomam posse em primeiro de janeiro. A grande aposta da sociedade está ancorada no aprimoramento e crescimento da educação e da qualificação profissional. Metade dos gaúchos enxerga que o mercado está vivendo uma transformação digital e que a mesma impactará no seu cotidiano e no futuro de seus filhos e, especialmente, nas oportunidades de trabalho.
Estamos virando o ano com uma expectativa mais positiva em relação à economia e a política. Lembrando que, quanto maior a expectativa em relação a um governo ou uma situação, maior é a tendência de cobrança ou de decepção, caso as respostas adequadas não cheguem no tempo e na intensidade esperada.
A grande dúvida que traz inquietação aos entrevistados está associada à capacidade do governador reeleito Eduardo Leite e do futuro Presidente Lula implementarem políticas públicas e sociais que estejam associadas a um esforço hercúleo de estabilidade econômica.