Terra Natal

A dimensão da minha pátria e a extensão do sentido que ela tem no meu contexto extrapola mapas e medidas. Descubro o quanto ela significa nas vezes em que a deixo e me ausento em viagens para outras terras, solos di­versos, diferentes climas.

A saudade que sinto dela triplica o seu tamanho e multiplica a distância em latitude e longitude. Porque, sem dúvida, o verde das matas é mais verde na minha pátria: “Do que a terra mais garrida teus risonhos lindos campos têm mais flores; nossos bosques têm mais vida; nossa vida no teu seio mais amores”; e nos céus a Via Láctea presenteia com “a imagem do Cruzeiro” que “resplandece” aos olhos” dos filhos deste solo”.

E se, eventualmente, vejo tremular a bandeira verde-amarela em mastros estrangeiros, um nó na garganta estrangula as palavras do Hino nacional, que a minha alma soletra em silêncio. E me vem à memória a poesia. que poucos conhecem: “Venho do verde mais belo/Do mais dourado amarelo/Do azul mais cheio de luz/Cheio de estrelas prateadas/Que se ajoelham deslumbradas/Fazendo o sinal da cruz.” (Guilherme de Almeida)

O “gigante deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e a luz do céu profundo”, suspira um sopro inaudível de saudade.

E o povo da minha terra, que “não foge à luta” manda notícias através dos jornais. E as notícias da “Pátria, mãe gentil” me aproximam do “povo heroico, com seu o brado retumbante”, que ouço através do espaço, que me une ao pedaço de terra em que nasci.

Somos protagonistas, queiramos ou não, de cada momento histórico em que estamos inseridos porque somos filhos dessa “Mãe gentil” e, trazemos conosco a catalogação de cidadãos de uma pátria adolescente, que vive as crises e mazelas inerentes ao crescimento, mas que é pátria, rincão, lar, “terra idolatrada”.

E, se” és belo, és forte, impávido colosso, o teu futuro espelha essa grande­za”. Portanto, minha “Pátria amada”, nada poderá empanar o teu brilho e o pa­triotismo de cada um e de todos, nada extinguirá a esperança, pois se “ergues da justiça a clava forte”, verás que não “teme, quem te adora, a própria morte”.

O amor gratuito pelo pedaço de terra que nos viu nascer, que nos acolheu em seus braços, alimentou nosso crescimento e embala nossos ideais nos mo­tiva a comemorar a data magna de Sete de Setembro com orgulho, num abraço forte, que nos congregue sem fronteiras ou limites, ao redor do “Gigante pela própria natureza”, cujo nome é BRASIL!

Enviar comentário

Envie um comentário!
Digite o seu nome