Realidade e Pelotas

Realidade
O governo do Estado na última terça-feira (2), através de votação na Assembleia Legislativa, obteve a autorização para vender a CEEE, a CRM e a Sulgás, contudo a ineficiência dos governos é maior do que suas conquistas.
Em 2010 uma empresa de beneficiamento de arroz em Arroio Grande ampliou sua estrutura através de financiamentos via Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Badesul), foram quase R$ 4 milhões investidos. Devido à crise no setor em 2012 a empresa fechou as portas. O patrimônio está hipotecado para o Badesul.
Passados dois anos de governo Tarso Genro, quatro de José Ivo Sartori e seis meses de Eduardo Leite, o Estado, que precisa de recursos, mostra sua ineficiência quando demora seis anos e seis meses para retomar o valor investido através do patrimônio garantido pelas hipotecas, uma vez que o financiamento não foi pago.
Realidade 1
Ao prefeito, aos vereadores e aos segmentos produtivos de Arroio Grande, todos falam em desenvolvimento, geração de empregos e sobre a falta de armazenagem de grãos. Tudo isso existe e poderia estar em funcionamento na referida estrutura, caso tivesse havido mobilização e pressão junto ao Badesul e ao governo do Estado, mas o que aconteceu foi ao contrário, ninguém se movimentou.
Realidade 2
Ainda há tempo para que setores públicos, cooperativas ou a própria comunidade tomem a iniciativa para mudar o cenário, ou será que é mais fácil vender a CEEE!
Realidade 3
O Estado atrasa salários, atrasa recursos para saúde e demora buscar as garantias do dinheiro que investiu, enquanto isso acontece o sucateamento dos imóveis e dos equipamentos onde o nosso dinheiro foi investido.

Pelotas
A cidade de Pelotas chega aos 207 anos de existência dividida em duas.
A cidade da área central, com obras para todos os lados, com abrigos de ônibus iguais aos de países europeus, com corredores exclusivos para ônibus, ciclovias, iluminação de lead, calçadão revitalizado e…..
A cidade dos bairros, das vilas e do laranjal, coleciona buracos que já estão na terceira geração, isto é, foram surgindo o buraco pai, o filho e o neto. Além da falta de iluminação pública faltam médicos nas unidades básicas de saúde (UBSs) e quando há médicos são poucas as fichas distribuídas à população que tem que chegar às 5h da manhã no posto de saúde. Esta é uma Pelotas onde quem sofre conhece.
Falta falar de muita coisa, mas como nasci aqui, faço como aquele filho que não quer falar mal da mãe, apenas algumas realidades.
A Pelotas onde poucos residem está ficando linda.
A Pelotas onde muitos moram vive outra realidade.
Feliz aniversário, Princesa do Sul!

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