Olá amigos que apreciam os artigos sobre as nossas tradições gaúchas. Na coluna anterior escrevi sobre o canhão que está na frente do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e alguns leitores me questionaram sobre um canhão que está na Chácara da Brigada, então faço alguns esclarecimentos:
A Brigada Militar, em comemoração aos 35 anos do Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Região Sul (CRPO Sul), organizou um evento na Chácara da Boca do Arroio, às margens do Arroio Pelotas, no qual o CRPO Sul, o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) – 26ª Região Tradicionalista (RT) e a Associação Cultural dos Cavaleiros da Costa Doce inauguraram marco alusivo à Batalha Naval do Paço dos Negros – Revolução Farroupilha.
O monumento é uma réplica de um canhão utilizado na Canhoneira São Pedro que integrou a batalha naval. Da encenação, realizada no dia 16 de agosto de 2009, participaram policiais militares do Pelotão de Operações Especiais (POE) do 4º BPM, que fizeram os papéis dos lanceiros negros; policiais do Pelotão Hipo, representando os federalistas; e cavalarianos da 26ª RT, representando os republicanos. O Exército Brasileiro fez parte das atividades com a simulação de canhoneiro (tiros de canhão), com preparação para a carga de cavalaria.
A solenidade ocorreu às margens do Canal São Gonçalo, próximo ao Arroio Pelotas, onde, em 1836, ocorreram três batalhas da Revolução Farroupilha: a primeira em 8 de abril, a segunda no dia 2 de junho e a terceira em 11 de julho.
Registro também que em 20 de agosto de 2009, em cerimônia militar, organizada pelo CRPO da Brigada Militar, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) entregou cópia do caderno de documentos que embasam o processo de tombamento nacional do sítio histórico conhecido como Chácara da Brigada Militar.
Para entregar a documentação ao coordenador do evento, coronel Odiomar Bittencourt Teixeira, o presidente do Conselho Municipal de Cultura, Henrique Pires, discursou, em nome da UFPel, que mantém o projeto “Buscando as Origens”, do qual resultou a ação que tramita no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, visando transformar a área de 65 hectares em local de uso público, compartilhado, com atividades de estudo e lazer.
Ao longo da solenidade, que teve público estimado de 400 pessoas, além da inauguração de uma réplica de um canhão farroupilha, dois piquetes de cavalarianos, vestidos a caráter, encenaram um embate entre farrapos e imperiais.
Espero ter esclarecido sobre a réplica do canhão que está na Chácara da Brigada Militar que, até hoje, espera por investimentos, pois é um belo e histórico local.