Domingos José de Almeida

Olá, amigos que apreciam as colunas que escrevo sobre Tradicionalismo Gaúcho. Hoje vou destacar um dos grandes vultos da Revolução, ou guerra, Farroupilha e cuja história tem muitos acontecimentos em Pelotas e região. Boa leitura.

Domingos José de Almeida
Domingos José de Almeida é apresentado e identificado, no prólogo de sua biografia escrita por Barbosa Lessa (*), da seguinte maneira:
A guerra dos Farrapos não foi feita, naturalmente, apenas por lanceiros a cavalo. Ela contou com homens como Domingos José de Almeida. Dono duma charqueada em Pelotas, foi pioneiro na aplicação da energia a vapor e inventou as “tinas digeridoras”. Construiu também a primeira barca a vapor do Rio Grande do Sul. Em 1835, era deputado à Assembleia Provincial, em Porto Alegre. Em 1836, houve a proclamação da República Rio-Grandense e instalação do Governo, em Piratini. Domingos era ministro do Interior e, interinamente, da Fazenda. Em 1838, escreveu o Manifesto explicando as razões da revolução e lançou O Povo, jornal oficial farroupilha.
Vendeu escravos seus em Montevidéu para comprar fardas, cavalos e uma tipografia para a República. Em tempo: Domingos era mineiro e residia em Pelotas. Entre tantos serviços que lhe são devidos, pode-se citar a direção da imprensa oficial, o estabelecimento de escolas de instrução pública (as primeiras no Rio Grande do Sul!), o estabelecimento de um serviço regular de correios e, por fim, a criação, em Caçapava, de um gabinete de leitura, instalado com cerca de oitocentos volumes”.

Profissão
Ajudante de caixeiro em Sumidouro, caixeiro no comércio do Rio de Janeiro, comerciante de fazendas em São Francisco de Paula (Pelotas) e, por fim, empresário de charque e transportes. Autodidata, com conhecimentos de Economia, Política e Direito. Primeiro de março despede-se de seus familiares, no Tijuco, comunicando-lhes que estava decidido a ir morar na Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul (hoje Pelotas).
1832: Recuperado financeiramente, e dono de meia-centena de escravos, vários iates de carga e alguns veleiros de alto-mar, associa-se a Rodrigues Chaves e constrói – com máquina importada dos Estados Unidos – a primeira barca a vapor do Rio Grande do Sul, a Liberal. Na viagem inaugural, o jornalista Xavier Ferreira espalha-se em elogios gongóricos pelas páginas de sua folha O Noticiador, de Rio Grande. Em 1835 é Deputado da Assembleia Provincial, em Porto Alegre. Ocupa uma grande casa, tendo por companheiro Xavier Ferreira. Até altas horas da noite, ponto de encontro dos exaltados “farroupilhas”, quando acontece a Deposição do presidente Fernandes Braga e fuga do comandante das Armas, em razão do movimento armado de vinte de setembro.
1836: Proclamação da República Rio-Grandense, nos campos do Seival, e instalação do Governo, em Piratini, é nomeado Ministro do Interior e, interinamente, da Fazenda.
Membro da comissão que elaborou o primeiro projeto de Constituição Republicana surgido em terras brasileiras. Por iniciativa de Almeida, fundação da única cidade devida à República Rio-Grandense: Uruguaiana (Decreto nº 21, de 24 de fevereiro).
1845: É assinada a Paz de Ponche Verde.
1858: Tendo sido desatendido o fiel cumprimento de todas as promessas do Império quando da paz de Ponche Verde, Almeida lança o jornal Brado do Sul para defender os interesses dos ex-companheiros de luta.
1871: Falecimento, em sua residência no bairro do Areal, Pelotas, no dia seis de maio.

Por hoje é só, até a próxima coluna.

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