Dólar elevado, Páscoa bem menor neste ano, IR 2025 e Agenda

Jornalista Maria da Graça Marques, colunista de Economia do JTR. (Foto: Adilson Cruz/JTR)

Dólar elevado chega em todos os bolsos

Sujeitos à dolarização dentro da cadeia de insumos do mercado internacional, o pão e o café custam mais na mesa do consumidor. (Foto: Freepik)

Embora tenha começado a semana com sua cotação abaixo de R$ 6, o dólar permanece em patamar elevado, com forte influência nos preços de muitos produtos que chegam à mesa dos consumidores. As excursões para compras nas cidades das fronteiras estão menos frequentes, o que beneficia o comércio dos municípios da região.

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Pelotas, Renzo Antonioli, os consumidores deixam de fazer suas compras nos free shops e escolhem produtos nas lojas da cidade, beneficiando os comerciantes locais e também elevando a arrecadação de suas cidades de origem. “De alguma forma, a alta do dólar nos beneficia”, diz Antonioli. Caiu muito o fluxo de consumidores na fronteira, concorda.

Quando se fala em alimentação, os reflexos do dólar elevado são sentidos de um modo geral e em todos os bolsos. Lembra o presidente do Sindicato da Indústria da Panificação de Pelotas (Sindippel), Jorge Almeida da Silva, que muitos produtos que chegam às prateleiras não apresentam aumentos significativos de preços, mas têm redução na gramagem, o que significa que o peso ou a quantidade estão menores.

Nos insumos do pão, considera que o custo da farinha pesa menos que o das gorduras vegetais, sujeitas aos preços da soja no mercado internacional. Hoje, conta Almeida, a produção nacional de farinha abastece parte significativa do mercado da panificação. Nas gorduras vegetais, o repasse é muito grande, chegando a 25% e 30%.

Outro produto que está mais caro para o consumidor nos supermercados, por exemplo, são os ovos, que também pesam nos custos dos insumos para a panificação. Diante das exportações recentes para os Estados Unidos, passaram a ter seus custos dolarizados e com isso, aumentos entre 30% e 35%.

Na hora de repassar esses custos mais altos, Almeida explica que eles são contidos. “A indústria vem absorvendo uma parte”, diz. Principalmente no pão francês, que é o mais consumido, aponta. Também sujeito aos preços internacionais, o café é outro produto em que o consumidor já conferiu reajustes de 35% a 40%.

Uma Páscoa bem menor neste ano

A primeira data comemorativa do ano não atingiu as expectativas, segundo os lojistas. De acordo com levantamento feito pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Pelotas, as vendas para a Páscoa de 2025 foram 2,9% maiores que as do ano passado, enquanto os lojistas projetavam aumento de 4,6%.

Assim mesmo, foram melhores que no ano passado, quando as datas comemorativas não corresponderam às expectativas dos lojistas, inclusive o Natal, lembrou o presidente do Sindilojas, Renzo Antonioli, que concorda: o comércio pelotense volta-se agora para o Dia das Mães, que começa a ter seu apelo nas vitrines.

O Dia das Mães, comemorado no segundo domingo de maio, é a segunda melhor data de vendas para o varejo brasileiro, gerando expectativa positiva para o setor, que precisa se recuperar das perdas que as chuvas de um ano atrás trouxeram: seja de mercadorias, com prejuízos diretos ou com a queda de consumo, diante do menor poder aquisitivo dos consumidores gaúchos.

Nesta Páscoa, houve pouca sobra de chocolates, já que os estoques foram menores. Segundo levantamento também do Sindilojas, eles foram, em média, 56% menores que de 2024. As grandes redes compraram menos neste ano. Apenas as lojas especializadas mantiveram os mesmos pedidos. Nas prateleiras, na terça-feira (22), era possível ver a falta da maioria dos produtos, restando apenas algumas poucas opções para atender aos consumidores que buscavam uma compra extra.

Estoques menores e adequados às expectativas de consumo deixaram poucas sobras. (Foto: Maria da Graça Marques/JTR)

IR 2025 – Um quarto das declarações

Balanço das declarações já entregues do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) feito pela 10ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil (RFB) – Rio Grande Sul mostra que apenas um quarto do esperado em Pelotas e Rio Grande já ocorreu. Confira: em Pelotas, das mais de 89 mil declarações previstas, foram recebidas pouco mais de 24 mil; em Rio Grande, de 57,1 mil, foram 19,6 mil. O prazo para entrega terminará no dia 30 de maio, quando deverão ser entregues 46,2 milhões de declarações no País e 3,26 milhões no Rio Grande do Sul.

Agenda

Dia 29 – Venda de milhões

O consultor e mentor empresarial Sandro Lins, especialista em vendas e autor do livro “Vendendo Milhões” será o palestrante da live semanal de segunda-feira do Secovi Zona Sul – Sindicato da Habitação, a partir das 20h. O tema será “Vendendo Milhões: como fazem os corretores milionários”. A live é acessada através do YouTube e do Facebook do Secovi Zona Sul. A apresentação será feita pelo presidente Sérgio Cogoy.

Dia 15 -Bertinetti no Tá na Hora

O diretor-presidente do Terminal de Containeres (Tecon) de Rio Grande, presidente do Sintermar e também da Câmara do Comércio do Rio Grande, Paulo Bertinetti, é o convidado da Associação Comercial de Pelotas (ACP) para falar sobre o tema “Tecon Rio Grande: o hub do Cone Sul” na reunião-almoço Tá na Hora do dia 15 de maio, a partir do meio-dia. O local será o Salão Mauá do oitavo andar da sede da ACP, no edifício Palácio do Comércio, na rua 7 de Setembro, 274. Os convites são adquiridos em sympla.com.br/acpelotas, aos preços de R$ 70,00 para os associados da ACP e de R$ 100 para os não-sócios.

Paulo Bertinetti é o convidado do mês de maio para o Tá na Hora. (Foto: Reprodução)

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