Doação de órgãos e as ações rotárias

Rotary Distrito 4680. (Foto: Divulgação)

O Setembro Verde, assim denominado, busca incentivar as doações de órgãos e tecidos, conscientizando para o aumento do número de doadores registrados, superando o principal obstáculo que é a recusa familiar. Embora o Rotary International não seja diretamente responsável pela doação de órgãos, muitos clubes e rotarianos apoiam e promovem iniciativas relacionadas à saúde, incluindo campanhas para estimular a doação e transplante de órgãos.

Alguns clubes de Rotary colaboram com organizações locais de saúde, hospitais e apoiam programas educacionais, iniciativas e projetos sobre a importância da doação de órgãos e a necessidade de se tornar um doador. As campanhas incluem palestras, rodas de conversa, ações de panfleta­gem e distribuição de materiais informativos, inclusive locais iluminados com luzes verdes, simbolizando o suporte à causa. Tais ações buscam engajar mais pessoas na discussão sobre a importância da doação de órgãos, que permite que a vida continue por outros. O Grupo Rotary em Ação pela Doação de Sangue (www.ragbloodandorgandonation.org) está em análise para adicionar a doação de órgãos ao nome e missão do grupo, que tem centenas de membros sustentando tais campanhas.

O Setembro Verde continua a educar e sensibilizar a população, mos­trando que cada um de nós pode contribuir para salvar vidas. Destaca a importância de cada indivíduo na transformação e salvação de vidas através do ato de doar, um ato de amor de uma família em um momento difícil, de muita dor e sofrimento. O Brasil registrou em 2023 a maior taxa de doadores de órgãos da história e bateu recorde de transplantes de fígado, coração, córneas, medula óssea e rim. O que permitiu não só a continuidade da vida para muitas pessoas que dependiam da doação, mas também a chance de viverem como nunca tinham experimentado antes e, por exemplo, caminhar na rua sem dificuldade, superando os dias intermináveis de muito medo e angústia. Todavia esse crescimento gradativo, está aquém do potencial de salvar vidas.

Apesar dos esforços dos associados do Rotary, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que os transplantes atendam a apenas cerca de 10% da necessidade. Anualmente, são realizados cerca de 135 mil transplantes de órgãos em todo o mundo. No entanto, a demanda excede a oferta, com mais de 1 milhão de pessoas aguardando por um transplante. Os países líderes em doação de órgãos per capita são Espanha, Croácia e Estados Unidos. Na Grã-Bretanha, em vez de depender das pessoas se registrarem como doadores, uma legislação recente determina que a maioria dos adultos são doadores em potencial depois que morrem, a menos que optem em vida por não participar, assim como na Espanha e na França. O Brasil tem o maior programa público de transplantes do mundo através do Sistema Único de Saúde (SUS), com mais de 600 hospitais de transplantes autorizados. Atualmente no país cerca de 60 mil pessoas estão na fila esperando por um órgão; contudo em média, mais de 45% das famílias não concordam com a doação de órgãos e tecidos de seus entes.

Com o intuito de superar a desinformação, o que pode gerar a recusa, os associados do Rotary são ativos na promoção da causa, contribuindo para um movimento que visa conscientizar as pessoas sobre a impor­tância do transplante de órgãos, a doação em vida e após a morte do doador. Ademais, ajudam a eliminar algumas restrições à doação de órgãos, instruindo e dirimindo as dúvidas, dissipando temores sobre a saúde dos doadores, espalhando o encantamento da Magia do Rotary!

Eduardo Gil da Silva Carreira

Comissão de Imagem Pública D4680

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