O Rotary Pelotas Oeste, através da amiga Bete Madruga, convidou para falar na sua reunião festiva do dia 23 de julho. Nas primeiras conversas, pensei em abordar o que é a minha área, juntamente com o que é forte na entidade: a amizade e a comunicação. Pesquisei a respeito e encontrei um amplo material da presidente eleita do Rotary International para o biênio 2024-2025, Stephanie Urchick. Revelou que o seu lema será “A magia do Rotary”, destacando o poder transformador da organização em salvar vidas e promover a paz.
Propus, então, titularmos nossa conversa como: “A magia do Rotary: o encantamento da solidariedade”. Para uma organização que sente a necessidade de se reinventar, hoje, num tempo de tantas transformações, a magia do Rotary está em dar um sentido mais profundo à amizade (com a casa da amizade, por exemplo, assim como a amizade social, proposta pelo Papa Francisco) e a solidariedade (que não é mero assistencialismo, mas uma provocação social), encontrando um equilíbrio entre continuidade e mudança.
A própria presidente Stephanie foi tocada por um projeto popular. Trabalhou na República Dominicana, em uma atividade que dava acesso das populações mais pobres a filtros de água, com suas consequências, especialmente na saúde. Ao acionar uma, quando entrou o líquido sujo e saiu limpo, foi o encanto de quem assistia um autêntico “milagre”. Dois garotos, embasbacados, pediram: “faça a mágica de novo!”. Era uma mudança real nas suas vidas, o que podia parecer pequeno, mas tem um importante papel social.
Destas andanças pelas periferias do mundo, vivenciando a realidade, aprendeu, com experiências simples, que a capacitaram para onde chegou. Hoje, reconhece e luta para que se amplie o poder irresistível que organizações sociais têm em proteger e salvar vidas. Trazer a paz ao mundo não é apenas balançar uma vara de condão e dizer palavras mágicas, mas estar atento às feridas sociais, como a fome, a saúde e a paz que, em 2025, será motivo de uma conferência tratando do tema “curando um mundo dividido”.
Para o Rotary, somos todos “cidadãos do mundo”. Com as origens na África, de onde homens e mulheres ocuparam a Terra. Então, a fome que alguém passa é o pecado que um dia eu vou pagar; a doença curável – e que ainda mata – é culpa da minha omissão… amarelos, pretos, brancos e todas as combinações de cores possíveis, acima de tudo, pertencemos a uma só “humanidade”. Capaz de estender as mãos e nos tornarmos a possibilidade de mudança. O desafio apresentado pela presidente Stephanie de quem é capaz de “abraçar a magia da solidariedade!”