A segunda semana de julho marca o primeiro aniversário da Feira da Agricultura Familiar, uma iniciativa da Emater de Piratini, realizada toda sexta-feira, na praça Inácia Machado da Silveira, localizada na avenida Maurício Cardoso, área central. Com grande aceitação da população, a feira comercializa produtos produzidos nos assentamentos da Reforma Agrária e em propriedades rurais.
O extensionista rural da Emater, Anderson Fontoura, diz que a aceitação da produção caseira ou sem agrotóxicos foi positiva nestes 12 meses. “Classificamos como muito boa a aceitação, pois as pessoas acolheram a iniciativa que tivemos junto aos produtores. O objetivo é dar destino à produção e gerar renda para as 20 famílias envolvidas que produzem com alto padrão de qualidade e sabor, que é o que atrai a clientela”, destaca Fontoura.
Entre os que conseguem vender e agregar renda ao orçamento familiar, está o casal Marcelino João Soares Hanauer, 48 anos, e sua esposa, Lucimar de Souza, 44 anos, que semanalmente levam para a feira não só o que é extraído da terra, mas também o que Lucimar produz em sua cozinha para ajudar o companheiro.
“Enquanto cuido da horta, onde plantamos feijão, batata, mandioca, abóbora, melancia, cenoura e hortaliças, ela faz pães, cucas e bolachas, e tudo é vendido. Isso nos gera cerc de R$ 2,8 mil ao mês, que após pagarmos o custo, nos sobra no mínimo 50% desse valor”, revela o agricultor do Assentamento Conquista da Liberdade, situado no 4º Distrito. Antes da iniciativa, eles vendiam a produção nas redondezas e também em feiras do gênero em Pelotas, o que tornava a comercialização mais trabalhosa e onerosa.
