Cássio Segatto deixa a Secretaria de Saúde de Piratini

Segatto ficou 14 meses à frente da pasta. (Foto: Elis Garcia)

Depois de 14 meses no cargo, Cássio Segatto deixou o comando da Secretaria de Saúde de Piratini na segunda-feira (28), uma experiência que ele garante ter sido gratificante, de muito trabalho, conquistas, mas também frustração.

Ele lembra que assumiu a pasta em um momento complexo, pois a vacinação da população estava apenas no início e foi confuso até mesmo comunicar quem podia ou não se imunizar, o que foi resolvido com a união da equipe, fator que Segatto faz questão de frisar, contribuindo para que sua gestão fosse um aprendizado em uma área até então desconhecida para ele.

“De um modo geral, ter sido secretário foi muito bom como experiência de vida. Eu não tinha a menor ideia de como funcionava esta área, então aprendi muito e nós, a equipe e eu, tivemos muitas dificuldades, mas as superamos e conseguimos ajudar muita gente que aqui foi acolhida. Me sinto feliz, pois tratamos a todos que chegaram até nós como gostaríamos de ser tratados”, assegura.

Conquistas:

Como conquistas do período em que esteve à frente da saúde do município, Segatto destaca a renovação da frota. O município adquiriu dez carros em menos de um ano, o que segundo ele, era imprescindível para ofertar qualidade a quem se utiliza do transporte para se deslocar para as cidades de referência.

“Quando assumi, a frota de veículos estava sucateada, era muito antiga e precisava ser renovada urgentemente. Compramos praticamente um carro por mês, mas não foi somente isso. Quero destacar a compra de seis geradores de energia que serão instalados nas unidades de saúde de Piratini, algo de extrema relevância já que temos uma problema grave de energia na cidade, o que prejudicava muito o atendimento nos postos quando faltava luz. Também compramos dez aparelhos de ar condicionado que serão colocados nessas unidades e isso vai dar mais conforto a todos que as buscam ou que nelas trabalham”, destacou.

Frustração

Ele conta que o único desafio não vencido em sua gestão foi a falta de médicos. Para exemplificar essa dificuldade, ele revela que o município chegou a ter apenas dois profissionais da área trabalhando, algo muito distante da necessidade.

“Soma-se a este problema o fato de que houveram pedidos de licença médica e afastamentos de profissionais que contraíram Covid-19. Estruturamos quase toda a equipe, mas confesso que saio do cargo com essa única frustração”, lamenta Segatto, que garante que a Prefeitura contratações de várias formas, mas em nenhuma obteve sucesso.

“Hoje o município paga R$ 4 mil para um profissional trabalhar por 20 horas semanais, valor que um médico consegue ganhar em dois plantões em sua cidade sem precisar gastar com combustível, alimentação e hospedagem. Dessa forma está muito difícil dar solução a este problema, mas o novo secretário já está trabalhando para resolver”, informa Segatto, ao referir-se a Wilbor Duarte Pinheiro, que o substitui.

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