No dia 10 de dezembro foi realizada a 2ª Edição da Festa de Natal de Piratini, promovida em uma parceria da Prefeitura Municipal com o Esporte Clube Guarany e Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços (Acias), e do Clube de Diretores Lojistas de Piratini (CDL) (ACIAS/CDL), por meio da Secretaria de Cidadania e Assistência Social. Com entrada gratuita, o evento foi realizado no estádio da equipe e reuniu mais de 400 crianças.
Embora desperte inúmeros sentimentos e carregue em suas celebrações a expectativa de que mais um ano chega ao fim, o Natal é um período que traz a tona o melhor de cada pessoa, abrindo espaço também para uma solidariedade que no dia a dia, pode acabar passando despercebida para a maior parte das pessoas.
A tradição da troca de presentes faz parte dos lares brasileiros, mas nem todos são capazes de fazer parte dela, uma vez que 31,6% da população brasileira estava em situação de pobreza em 2022, conforme apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Síntese de Indicadores Sociais 2023, liberado no início de dezembro. Os que estão em extrema pobreza representavam 5,9% em 2022. Neste sentido, a iniciativa de levar uma festa de Natal para as pessoas com mais necessidades é uma realidade em Piratini.
O secretário de Assistência Social do município, Daniel Moura, declara que a ideia de centralizar o evento no estádio do Guarany foi uma maneira encontrada para alcançar mais membros da comunidade. “O evento deste ano foi maior ainda. Todas as crianças que foram receberam prêmios, receberam lanche, suco, pipoca, algodão doce e mateada. Além das atrações culturais e atrações musicais, a gente fez um encontro em especial para as crianças e adolescentes, mas também fez um evento para levar a cultura e entretenimento aos pais,” relata.
A festa contou ainda com campeonato de futebol, jogos, brincadeiras e distribuição de brinquedos com a chegada do Papai Noel.
O ator Ilson Soares, que voluntariou-se para ser o bom velhinho do evento, destaca a importância da iniciativa. “Para muitas crianças os pais não tem condições de dar presente, era assim em 1997 e é assim em 2023. A desigualdade social no Brasil e no mundo é triste. Em Piratini não é diferente. Mas me sinto fazendo a minha parte, 90% das crianças ali sou eu quando criança, minha mãe sempre me deu tudo que ela podia me dar. E receber um abraço, um carinho do Papai Noel fica pra sempre na memória das crianças”.
Para a doação de brinquedos feita às crianças, Moura conta que parte dos donativos provém de arrecadação obtida em dois eventos promovidos anteriormente pela Secretaria de Cultura, enquanto a outra parte foi comprada com recurso, através de fomento tido junto do comércio local.