
As frutas, com destaque para o pêssego, uva e morango, são fontes de renda para mais de 800 famílias. Somente no pêssego indústria são 605 famílias envolvidas em uma área de 3,150 mil hectares e uma produção média de 37,8 mil toneladas.
Na fruta de mesa outros 300 hectares envolvem a mão de obra de 120 produtores, que são responsáveis pelo cultivo de 4,5 mil toneladas da fruta. As informações são do extensionista da Emater Municipal, o agrônomo Rodrigo Prestes, e integram levantamento realizado pela Emater em novembro do ano passado.
A uva, tanto a de indústria quanto a de mesa, vem conquistando seu espaço há alguns anos nas propriedades rurais locais, que juntas envolvem 48 produtores e 32 hectares. A uva do tipo indústria ocupa 19 hectares em 36 propriedades rurais, que colhem 380 toneladas da fruta. Outros 13 produtores se dedicam à uva de mesa, com 12 hectares de área e produção de 360 toneladas. “Estes dados se referem a produtores que se dedicam à atividade de maneira profissional e não incluem parreiras existentes para consumo próprio”, diz.
O morango de mesa é outra fruta com cultivo em ascensão nas propriedades rurais do município e atinge hoje 40,520 hectares, com uma produção de 1,6 mil toneladas e envolve 170 produtores.
A olericultura é uma atividade diversificada, com o cultivo de 34 espécies diferentes de hortaliças nas propriedades rurais locais e envolve número expressivo de produtores. O mais significativo é o tomate, com o cultivo de 20 tipos diferentes, envolvendo 230 produtores. O destaque é o tomate gaúcho, que envolve 150 produtores, seguido pelo longa vida, com 50 produtores e tipos variados, como o cereja, outros 30 produtores. A cultura atinge área física de 155 hectares e tem uma produtividade média de 80 toneladas por hectare.
Destaque ainda para a produção de folhosas, como a alface, que envolve 120 produtores e as couves e suas variações, como brócolis, couve-flor e outras, com 125 produtores envolvidos. Outra cultura com número significativo de mão de obra é a batata-doce, com 100 produtores.
Voltando aos grãos, a soja é outra cultura que vem ganhando expressão nas propriedades locais, com 24,4 mil hectares cultivados, já incluídos os mais de oito mil em rotação com o arroz. A atividade envolve 190 produtores e a produtividade média é de 50 sacos ou três toneladas por hectare.
O milho, segundo o extensionista, é uma atividade bem cultural de Pelotas e tem seu cultivo voltado à subsistência da propriedade, principalmente para alimentação animal. A cultura envolve 1.407 produtores e atinge área de 9,8 mil hectares, silagem e grão. A produtividade média do milho grão é de seis toneladas ou 100 sacos por hectare, muito prejudicada este ano pela estiagem, tanto no milho grão quanto no silagem. Para silagem a média é de 40 toneladas por hectare.
Uma cultura que se tornou de subsistência é o feijão, diz Prestes. Segundo ele, são poucos que ainda plantam o grão para vender, pois passou a ser de grandes propriedades, concentradas principalmente no centro do país, em estados como Goiás e Mato Grosso.
Entre as criações, o destaque são os bovinos de leite, que envolvem 235 produtores e um rebanho de 4.950 animais. A produção anual é de 14,85 milhões de litros.
Outra cultura importante em relação à renda na propriedade é o tabaco, que envolve 800 produtores e mais de 3.520 hectares, que têm uma produtividade média de três toneladas por hectare.
Agroindústria
A Emater dedica especial atenção à atividade de agroindústria, que se encontra em expansão em Pelotas e região. No município, já somam 24 e 133 famílias envolvidas. “Nós temos alguns focos de trabalho como o pêssego, bovinos de leite, olivicultura e morango”, diz. Mas o ramo de atuação é variado, com atenção para vinhos, conservas, sucos, doces, produtos minimamente processados, molhos e temperos, queijo, doce de leite, avicultura colonial, embutidos, linguiças e salames, origônio (frutas secas), pescado, panificados, leite, mel.
Pesca artesanal
Outra atividade importante no município com circulação de renda significativa é a pesca artesanal. Segundo a extensionista da Emater, Márcia Vesoloszki, existem hoje 800 pescadores cadastrados e legalizados no município. “Esse número é maior pois há muitos que não estão cadastrados ou legalizados”, diz. Deste total, 700 são da Colônia Z-3 e os demais distribuídos entre outras localidades, como Barra e Balsa.