A cultura do arroz é indiscutivelmente a principal atividade agrícola de Pelotas. Com área colhida de 8.249 hectares, na safra 2021/2022, somente o cereal em casca, deve ser responsável pela injeção de aproximadamente R$ 119,5 milhões na economia local.
Com produtividade de 9.662,5 quilos por hectare, Pelotas ficou em segundo lugar no ranking dos municípios com a maior produtividade por hectare, nesta safra, entre os 12 municípios arrozeiros da Zona Sul e aparece, também, entre os municípios com maiores produtividades do estado do Rio Grande do Sul.
Segundo o coordenador da regional Zona Sul do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga RS), engenheiro agrônomo Igor Kohls, com produção total de 78,5 mil toneladas, Pelotas é responsável por aproximadamente 1% do arroz produzido no estado.
O município possui o total de 61 unidades produtivas da cultura, entre grandes, médios e pequenos produtores, que geram mão de obra na proporção de um colaborador a cada 50 hectares da lavoura. “Isso da porteira para dentro, sem considerar a indústria e todos os serviços gerados no seu entorno,” diz.
A lavoura arrozeira local, a exemplo da maioria das propriedades do estado, possui alto potencial competitivo e agrega no sistema de rotação de culturas, a soja, que atingiu nesta safra, também recém concluída, 8.185 hectares, o que traz resultados significativos aos produtores, tanto tecnológicos – como a reestruturação dos solos – quanto monetários.
A cultura do milho também começa a entrar no sistema de rotação. A produtividade média da oleaginosa em rotação com o arroz atingiu, nesta safra, em média 3.401 quilos por hectare, o equivalente a 56,68 sacos por hectare, diz o agrônomo.
“Este ano, a cultura foi beneficiada pelo clima, coisa que não ocorreu nas regiões tradicionais, pois a estiagem por lá, foi muito forte”, ressalta. Quanto ao arroz, também, foi beneficiado com a alta luminosidade nos meses de verão, quando atinge o seu período reprodutivo.