Pré-candidato ao Senado, Hermes Rockenbach (Agir) defende mudanças na tributação

Pré-candidato ao Senado Federal, Hermes Rockenbach, esteve acompanhado da pré-candidata a deputada federal, Karol Magiatto. (Foto: Daniel Batista/JTR)

O pré-candidato ao Senado Federal pelo Agir, antigo Partido Trabalhista Cristão, Hermes Rockenbach, esteve na sede do Jornal Tradição Regional na segunda-feira (25). Advogado e tributarista, é natural de Morro Redondo, e aponta ser atuante na política desde os 15 anos. Ele esteve acompanhado da pré-candidata a deputada federal Karol Megiatto (Agir). “Me lembro de fazer parte do movimento de emancipação do Morro Redondo”, disse.

Mesmo não tendo concorrido a um cargo eletivo, ele cita que, na carreira profissional, já exerceu cargos como assessor de deputados federais, e em outras funções. “Então, sempre naveguei muito no ambiente político. […] A indicação do partido é justamente por isso, e pela razão de que a metade Sul nunca teve uma candidatura a senador”.

Neste ano, há uma vaga para o Senado Federal, que já conta com pré-candidatos de outros partidos. No entanto, o advogado apresenta-se como a única novidade. “É mais do mesmo, são pessoas que já passaram por eleições, já tiveram a sua oportunidade. Então, hoje, a gente vem com uma proposta, o partido fez a indicação e estou propenso a aceitar. Vai ter que passar, lógico, pela convenção, que deve ser no dia 5 de agosto”, disse.

Também presidente estadual do partido, Rockenbach aponta que a definição do apoio para o governo do Estado será feita de acordo com o alinhamento aos ideais da legenda.
“Daniel Tourinho, que é presidente nacional, nos deixou tranquilo quanto a fazer o alinhamento de acordo com o que estiver mais perto do que nós pensamos politicamente”, disse. Em nível nacional, a escolha também não está definida.

Entre as pautas defendidas por Rockenbach está a reforma do pacto federativo. “O Rio Grande do Sul é o celeiro do país e há muitos anos, ou há quase sempre, a gente está sustentando quase todo o resto e tudo que se manda não volta como se deveria voltar. Então, nós arrecadamos, mandamos para a União e aquilo que nós deveríamos ter de volta, não temos”, disse.

Além disso, citou a necessidade de fortalecimento do agronegócio no estado, tanto para o grande quanto ao pequeno produtor. “Porque se o campo for mal, a cidade vai mal”, afirma. Outro tópico é o setor de educação, em que aponta a necessidade de retenção dos talentos humanos, nas áreas de ciência e tecnologia, que acabam migrando para outras partes do país.

O pré-candidato também pontuou a importância em esclarecer para a população as diferenças entre os papéis dos senadores e dos deputados. “O deputado federal está representando o povo gaúcho, e o senador está representando o estado. Então são duas funções muito diferentes”, explicou. Segundo ele, entre as pautas importantes do estado está a dívida com a União.

O advogado também defende a diminuição do mandato dos senadores de oito para quatro anos, assim como a limitação para somente uma reeleição. “Como para presidente, ou para prefeito. Hoje, deputado e senador se perpetuam, são famílias que se perpetuam no poder, fazem da política uma profissão e eu acho que a política não pode ser uma profissão”, disse.

Ressaltando a importância da representatividade regional, ele cita que uma candidatura ao Senado poderia ser mais uma forma de a região ter destaque.

Na área econômica, criticou a falta de continuidade em políticas elaboradas pelos governos, repassando dívidas para a gestão posterior. “Atacam o problema, mas não atacam a origem dele. […] A gente precisa de uma reforma tributária urgente, porque quem mais paga é o pobre”, salientou, citando a alta carga para os mais pobres.

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