Na noite de quarta-feira (3), aconteceu na Câmara de Vereadores de Pelotas a terceira sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Pronto Socorro (PS), que busca investigar a suspeita de desvios de recursos na unidade.
Durando cerca de duas horas e meia, a comissão presidida pelo vereador Rafael Amaral (Progressistas), sob relatoria de Jurandir Silva (PSOL), contou com o depoimento (na condição de testemunha) da atual secretária da saúde de Pelotas, Roberta Paganini. A gestora afirmou que os pagamentos eram feitos pelo Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) dentro do convênio que existe com o município, mediante gestão de Misael da Cunha, diretor administrativo e financeiro do PS.
Desde que a CPI foi instaurada, Roberta é a primeira pessoa a ser ouvida como testemunha na investigação, mas não informou à Comissão de qual área eram os pagamentos sob suspeita, alegando que as informações já estavam sob investigação pela sindicância aberta pelo governo.
Para a próxima semana, o diretor geral do HUSFP, Márcio Slaviero, deverá comparecer para depoimento sobre a identificação feita por ele das notas duplicadas nas contas do PS e apresentadas ao Executivo, a partir dos setores administrados pelo hospital.
Relembre o caso
No dia 23 de fevereiro, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) anunciou a abertura de uma sindicância para apurar os indícios de desvios de recursos na contratação de serviços prestados por uma empresa ao PS. Também foram afastados a diretora-geral da instituição, Odineia Farias da Rosa, e o gerente administrativo, Misael da Cunha. Entre os documentos encontrados estavam pagamentos em duplicidade de notas.
