O Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência promoveu, ao longo desta segunda-feira (30), a I Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Pelotas no auditório Dom Antônio Zattera da Universidade Católica de Pelotas (UCPel).
Com o tema “Cenário Atual e Futuro na Implementação dos Direitos das Pessoas com Deficiência: Construindo um Brasil mais Inclusivo”, o evento promoveu o debate e a reflexão sobre políticas públicas específicas para quem possui alguma deficiência. Nos temas dos cinco eixos discutidos estão aspectos como estratégias de políticas públicas considerando todo o ciclo de vida; propostas para promover a participação social das pessoas com deficiência nas etapas relacionadas às políticas públicas; reflexão sobre o cenário vigente relativo ao financiamento das políticas públicas; cidadania e acessibilidade e desafios para a comunicação universal.
A partir das questões discutidas, um relatório final será elaborado e posteriormente encaminhado para a Comissão de Relatoria da VI Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. “A importância da conferência é escutar principalmente os deficientes, que é o propósito disso, depois nós vamos fazer um documento e enviar para a Conferência Estadual e eu quero, aqui em Pelotas, levar as demandas para a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) e para a Câmara de Vereadores para eles também ficarem sabendo o que eles (deficientes) estão pedindo”, reforça Michel Ribeiro, presidente do Conselho.
Neste sentido, a vice-presidente, Maira Andres, ressalta a participação do público na Conferência. “É o momento da gente dar as sugestões para dizer o que pode ser implementado ainda nas políticas públicas, então esse é o momento em que a sociedade pode se manifestar e dar a sua contribuição”, diz.
Os painelistas do evento foram o Juiz de Direito e diretor do Foro da Comarca de Pedro Osório Marcelo Malizia Cabral, a graduanda em direito pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Bruna Flores, a psicopedagoga e diretora do Centro de Atendimento ao Autista de Pelotas Débora Jacks e a psicopedagoga da UFPel Gilsenira de Alcino Rangel.
Para Cabral, que abriu a programação da conferência, o conhecimento da legislação para o público em questão é fundamental para que os direitos sejam de fato cumpridos. “É muito importante que as pessoas possam debater sobre o cumprimento do Estatuto da Pessoa com Deficiência e refletir sobre formas de mobilização para denunciar seu descumprimento”, pontua.
A iniciativa reuniu dezenas de inscritos que acompanharam as falas e temas debatidos ao longo da programação.
