Moradores do interior de Pelotas realizam protesto em frente à CEEE Equatorial por conta da constante falta de energia

Os manifestantes foram recebidos pela direção e o Executivo de Manutenção da concessionária, que explicou os pontos de transição e assumiu o compromisso de solucionar o problema. (Foto: Lylian Santos/JTR)

Moradores e produtores rurais do 4º distrito de Pelotas, Costa do Arroio Grande, reuniram 20 famílias, na tarde de terça-feira (21), para manifestar em frente à sede da CEEE Equatorial sobre os recorrentes problemas de falta de energia elétrica. As constantes quedas de luz e a baixa tensão na rede têm causado perdas significativas, afetando equipamentos, prejudicando a produção agrícola e trazendo muitos transtornos para a comunidade.

Os manifestantes foram recebidos pela direção e o Executivo de Manutenção, Lair Milagres, que explicou os pontos de transição e assumiu o compromisso de solucionar o problema. “No caso de vocês, a gente vai levantar as informações. Quem for da mesma região, nós mandamos uma equipe técnica fazer os levantamentos, ver o que é necessário e o que a empresa pode fazer. Vai ter situações que conseguiremos atuar de forma mais rápida e outras que, talvez, a empresa tenha que fazer um investimento maior e tudo isso nós podemos dar um retorno para vocês”, garantiu Milagres.

A distribuidora de energia se prontificou a realizar um estudo na localidade no dia após a reunião, um passo importante para trazer mais estabilidade e segurança para todos. “O pessoal é tudo da mesma volta e todos estão com o mesmo problema, com baixa tensão e queda de luz, uma hora a energia está 160 kWh, outra hora 300, 260, 240 e acaba queimando os aparelhos deles. Eles estão todos aqui, podiam estar trabalhando, mas vieram aqui porque não aguentam mais a situação, alguns estão com as estufas de fumo cheias para secar, outros tem leitaria e não tiram o leite porque não conseguem ligar o refrigerador”, comentou o vereador Éder Blank (PSD), um dos representantes dos produtores.

O produtor de leite Ingo Weege comentou sobre as dificuldades. “Isso tá acontecendo desde o ano novo para cá, em uma ordenha a energia oscila cinco vezes. Dentro de uma hora, chega abaixo de 180 kWh e a ordenhadeira não funciona. O meu resfriador não liga abaixo de 200 kWh. Graças a Deus ainda não tive problema nos aparelhos, mas estou com medo”.

Blank destacou a importância de uma rede de energia estável para a continuidade do serviço agrícola. “Eles estão precisando, estão desesperados, eles estão tendo que colocar o fumo fora porque não sai com uma boa qualidade. Se o leite da leitaria não ficar resfriado, também não sai de boa qualidade. O prejuízo não fica só neles, também fica em quem vai comprar e consumir. Se o produtor ficar no prejuízo em uma estufada é R$ 30 mil que eles perdem e deixam de gira na economia local”, salientou o vereador.

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