A conscientização acerca da doação de órgãos foi um dos objetivos de uma ação realizada ao longo deste sábado (7) no Largo do Mercado Central de Pelotas. Liderada pelo Grupo Pró-Doacão de Órgãos, o ato contou com apresentações musicais e distribuição de folders sobre a ação.
Laura Tonial, do Rotary Princesa do Sul, lembra que as ações iniciaram há pelo menos sete meses e foram motivadas para contribuir com o professor Elbert Krüger, que já foi diretor do antigo Cefet, atual IFSul, e está em Porto Alegre, aguardando por um transplante de pulmão.
“Entrando em contato com o Krüger ele deixou muito claro: ‘Eu aceito se vocês fizerem esse projeto para as 2,5 mil pessoas no Rio Grande do Sul que estão esperando órgãos e para as 50 mil no Brasil”, lembra Laura.
Dessa forma, o Grupo mobiliza autoridades, entidades públicas e empresas para a conscientização sobre a ação e a importância do debate sobre a intenção de ser doador com amigos e familiares. No Brasil, a remoção dos órgãos e doação após a morte encefálica só é realizada com autorização familiar. “A ideia é despertar nas pessoas esse espírito de solidariedade para uma pessoa que está dependente de um órgão para viver”, destaca Nivio Tonial, lembrando que uma pessoa pode contribuir com outras oito. Após a remoção, os órgãos são destinados para pacientes que estão em lista de espera.
Outras ações ainda são planejadas para setembro, mês dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos.
Viviane Mendonça, da Organização de Procura de Órgãos 5 (OPO 5), com sede na Santa Casa de Rio Grande e que abrange a região Sul do estado, lembra que houve queda no número de doadores durante a pandemia, e aumento no número de pessoas que precisam receber algum órgão. “Em 2022 ainda não tivemos captação em Pelotas e região”, conta. Ela explica que a organização realiza busca ativa dos potenciais doadores. “A gente faz todo o processo até o ‘sim’, desde a identificação do potencial doador até o doador em si”, disse.
Ao longo do dia, a ação teve apresentações musicais como das bandas da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, do Comando Regional de Polícia Ostensiva Sul e da Orquestra Estudantil Municipal.
A doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Em geral, os doadores são em situação de morte encefálica e quando a família autoriza a retirada dos órgãos.