A Associação dos Proprietários de Caminhões de Pelotas e Região (Aprocapel) completou dez anos em 2019 e tem motivos para comemorar: um deles é a sede própria, que traz orgulho para a diretoria, que tem à frente o presidente Nelson Ricardo Seus Vergara, contando com os serviços do funcionário Diogo Toralles.
O intuito da associação é auxiliar caminhoneiros associados em casos de acidentes e roubos, por exemplo, sendo criado um fundo comum para socorro mútuo. Com o passar do tempo, a Aprocapel foi além e passou a realizar compras associativas com autorização do governo federal. Assim, pneus, lonas e óleos lubrificantes são comprados de fábrica e vendidos aos associados em quatro parcelas no cheque pelo mesmo valor adquirido. “Isso tem trazido um benefício muito grande para a classe devido às crises e é um dos carros-chefe da associação”, afirma Vergara. Ainda, há um desconto em serviços de recapagem, que podem ser pagos em três vezes também pelo cheque.
Também, como um ato solidário, a entidade tem ajudado não associados em diversas situações. “Somos caminhoneiros e sabemos das dificuldades. Podendo ajudar, ajudamos”, destaca o presidente.
Atualmente, são 440 associados e, recentemente, foram abertas mais 200 vagas. Os interessados podem ir à associação, localizada na rua Santiago Dantas, 58, bairro Três Vendas, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 18h. Para mais informações, o telefone disponível é (53) 3223-2576.
“Começamos do zero e ninguém imaginava que a associação iria tomar essa proporção. A associação deu certo e está em pleno funcionamento”, afirma Vergara.
Projetos futuros
Dentre os projetos da Aprocapel, está um estacionamento para caminhões, buscado junto à Prefeitura de Pelotas. Esta é forma dos veículos pesados não circularem dentro do município. Caso não seja adquirida uma área, há possibilidade da associação comprar um local e o Poder Público auxiliar a ação.
Além disso, a intenção é que a Aprocapel tenha futuramente um posto de gasolina e uma área de lazer para os associados, mas sem data prevista para início.
Temas em debate
A associação se envolve em temas que atingem os caminheiros através do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Cargas do Extremo Sul (SETCESUL), sindicato patronal, como por exemplo, valores das praças de pedágio da região e o piso mínimo do frete.
Conforme Vergara, o Rio Grande do Sul foi o único estado que conseguiu unir a classe patronal e motoristas autônomos para assinar um documento em relação aos valores da tabela mínima de frete, realizada por um profissional contratado pela Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Estado do Rio Grande do Sul (Fetransul). “Nós conseguimos mandar isso para o governo. Foi um avanço, porque o caminhão gasta e não interessa se ele é do autônomo ou da empresa. A ideia é que tivesse um preço justo e bom para todos”, comenta.
Em relação aos valores de pedágio, foram realizadas audiências públicas neste ano em Pelotas, Porto Alegre e Brasília. Entre as comparações com outras praças, Pelotas aparece como uma das mais caras do país. “Toda a região é penalizada e indústrias deixam de vir por causa do custo”, conclui.
A representatividade do dia 25 de julho
A associação participa da Festa de São Cristovão e do Motorista, promovida pela Paróquia São Cristóvão, realizada no SEST SENAT neste sábado (27), com o almoço aos motoristas. Conforme Vergara, a comemoração é importante porque torna-se um momento em que categoria se encontra. Também, no domingo (28), acontecerá a tradicional procissão motorizada. “É muito bonita. É possível ver o potencial de caminhão, de gente que se dedica e viaja”, comenta o presidente, que finaliza: “O caminhoneiro tem que ser valorizado, porque é uma das profissões mais confiáveis que se tem. Sem caminhão o Brasil para”.
