Por Bianca Bichet
Após cinco meses de sua inauguração, que aconteceu no dia 1º de julho deste ano, a Rua do Doce faz jus ao título da cidade, a Capital do Doce, com o novo projeto sendo considerado um sucesso. Além da apreciação pelos turistas, o local passou a encantar os próprios pelotenses, tornando-se mais um ponto turístico da cidade. No calçadão de Pelotas, a estrutura marrom, os estandes novos e o ambiente agradável chamam a atenção de todos, com a tradicional formiguinha em frente, alertando que por ali tem os doces mais famosos e saborosos do município.
De acordo com a presidente da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas, Simone Maciel Bica, são cerca de 40 mil doces comercializados ao mês entre todas as doceiras, um valor bem acima do antigo local. “A Rua do Doce com certeza foi um projeto assertivo para as doceiras, por estarem trabalhando em um local privilegiado, onde o povo tem nos acolhido bem, assim como o turista”, afirma.
Simone também conta que é um feito para a cidade no geral, pois os resultados vão além das vendas. “Então vemos como um ponto positivo para nós, doceiras, assim como para Pelotas, pois a cidade merecia ter esse espaço para que as pessoas conheçam o trabalho das nossas doceiras e que pudesse receber os turistas para mostrar aquilo que é o nosso cartão postal: o doce”, disse.
O secretário de Desenvolvimento, Turismo e Inovação, Gilmar Bazanella, afirma que é de grande importância para o incremento do turismo local: “Uma vez que o turista tem um ponto de referência central para aquisição de produtos certificados e de qualidade, que valoriza o título da imaterialidade pela preservação da tradição doceira, concedido à Pelotas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)”. Além disso, as oportunidades de emprego também marcam o projeto. “De acordo com informações levantadas junto à Associação de Produtores de Doces de Pelotas, foram em média 20 novos postos de trabalho”, aponta o secretário.
A turista de Caxias do Sul, Maria do Carmo, ressalta que encontrar um lugar no centro da cidade, atrativo para visitar e com os doces tradicionais de Pelotas, foi uma alegria. “Depois de muitos anos, estou de volta nesta cidade tão alegre, onde a Rua do Doce facilitou meu passeio, pois pude encontrar os docinhos ao lado do lugar que estou hospedada e hoje vou levar um pouquinho dessa felicidade para casa”, conta.
De acordo com a Prefeitura, desde sua inauguração até o momento, a quantidade de doces vendidos triplicou em comparação com o antigo local. “Podemos dizer que o espaço é um sucesso para a cidade, pois agora as doceiras estão em um lugar de destaque, contribuindo para que nossa tradição seja levada daqui para o mundo”, afirma Bazanella.
A funcionária de uma das bancas, Anelise Lopes, estima que sejam vendidos de 200 a 300 unidades de docinhos em seu ponto durante o dia. Apesar de não ter trabalhado no local antigo, acredita que o movimento tenha aumentado muito. “Nos finais de semana o nosso maior público são os turistas, mas em dias de semana nosso povo pelotense é o que mais consome os doces, pois apesar de estar em funcionamento há cinco meses, a Rua do Doce ainda é uma novidade entre as pessoas”, conta Anelise.
São muitas as opções de doces comercializados no local, mas de acordo com as doceiras e a Associação, entre os mais vendidos estão o bombom de morango, ninho e o beijo alemão. Já o título de mais vendido e que possui o maior destaque fica para o clássico: o quindim.
A criação da Rua do Doce surgiu da necessidade das doceiras de Pelotas em possuírem um local central qualificado para a comercialização de seus produtos. O tempo para a realização do projeto, desde sua idealização até a entrega da obra, foi de aproximadamente três anos.
Serviço
A Rua do Doce fica localizada na rua Sete de Setembro, entre General Osório e Calçadão da Andrade Neves, nas proximidades do chafariz As Três Meninas, onde as bancas funcionam diariamente, de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 19h30. Nos domingos e feriados o funcionamento vai até às 18h.
