Gaiteiro pelotense conquista primeira premiação com música autoral

Nicolas Iacks, de 20 anos, conquistou o segundo lugar na categoria instrumentistas, com a música autoral “Santa Eulália”, durante o 21º Acampamento da Arte Gaúcha, em Tapes. (Foto: divulgação)

A trajetória do músico pelotense Nicolas Iacks, de 20 anos, vem acumulando vitórias no ramo dos festivais. Em janeiro deste ano, o jovem conquistou o segundo lugar na categoria instrumentistas, com a música autoral “Santa Eulália”, durante o 21º Acampamento da Arte Gaúcha, promovido pela Prefeitura de Tapes, de 16 a 18 de janeiro, no Parque de Eventos Paulo Alfonsin Simchen. “Foi o primeiro festival que eu participei com uma música verdadeiramente minha, que foi selecionada na triagem entre outras seis, ficando em segundo lugar”, ressaltou. No mesmo festival, obteve ainda o segundo lugar, ao lado de outros músicos, com a canção “Bem debaixo da figueira”.

Segundo Iacks, a inspiração para a música veio do tempo em que morou na casa onde hoje funciona a Pousada da sua família, no interior de Pelotas, e que se chama Santa Eulália. “Foi importante para mim porque foi uma música que eu compus e fiquei feliz de ver este resultado”, salientou.

O jovem conta que começou a tocar gaita aos 10 anos, em 2014, quando morou com a família na pousada, ouvia muita música gaúcha e passou a se interessar pela gaita. “O meu avô tocava, meu tio-avô e bisavô sempre tocaram, mas nunca cheguei a ver nenhum deles tocando”, afirmou. Iacks revela que começou a levar o instrumento a sério a partir dos 13 anos, em 2017, quando passou a estudar bastante.

No colégio, teve o incentivo de uma professora, Janice, que tocou acordeon e conhecia um pouco sobre o instrumento. Em seguida, ingressou no Conservatório de Música e começou a ter aulas com o músico Mano Júnior, a quem considera seu “maior mestre”. “Depois de um tempo e até hoje passei a me virar sozinho”, disse.

Segundo o jovem, a música tradicionalista entrou no seu repertório por causa do protagonismo da gaita na música gaúcha. “Mas eu toco ainda choro, samba, MPB bem mais do que música gaúcha”, ressaltou. Iacks afirma ainda que a música gaúcha ainda não é valorizada como deveria em Pelotas, apesar de haver bons músicos na cidade.

No ano passado, o jovem gaiteiro conquistou, ao lado de outros músicos, como Carlos Eugênio Costa da Silva (letra) e Rodrigo Madrid (música), o primeiro lugar no 10º Levante da Canção Gaúcha de Capão do Leão, com a canção “Outros Olhos”, que levou ainda os prêmios de Melhor Poesia e Melhor Arranjo Instrumental.

Antes disso, participou de diversos rodeios artísticos por todo o Estado, competições das quais coleciona inúmeros primeiros, segundos e terceiros lugares. Iacks também é presença ativa, desde os 13 anos, nos Festivais Sesc de Música, realizados anualmente em Pelotas, no mês de janeiro. “Participei das edições de 2019, 2020 e 2025 como aluno da Oficina de Choro”, destacou. O jovem afirma que, para a apresentação da orquestra, que ocorreu no Theatro Guarany, foi composta uma suíte em que cada música levava o nome de algum lugar conhecido de Pelotas, como o Quadrado, Parque da Baronesa e Café Aquários.

Também ocorreram apresentações no Asilo de Mendigos, Conservatório de Música e Expresso Embaixador. “Foi uma experiência muito boa em que conhecemos pessoas do mundo inteiro, alunos e professores, fiz muitos amigos e também tive a oportunidade de participar das rodas de choro mais conhecidas da noite de Pelotas”, aponta.

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