Pecuária leiteira, uma rotina diária que começa antes do sol nascer em Morro Redondo

Ivonis conta com a ajuda das filhas para desenvolver o trabalho. (Foto: Adilson Cruz/JTR)

Levantar bem antes do sol nascer. Assim é a rotina diária na propriedade da produtora de leite Ivonis Peter, de 57 anos, localizada no Passo das Pedras, em Morro Redondo. Segundo ela, o despertar é às 3h15 da manhã para a primeira ordenha do dia, que é feita duas vezes, às 3h30 e às 15h30. As suas duas filhas, Valquiria e Vanessa, lhe ajudam na atividade, além de um casal de funcionários, que auxiliam nas lidas diárias.

Produção é entregue à Cooperativa Cosulati. (Foto: Adilson Cruz/JTR)

Na propriedade, há apenas a produção de leite que é entregue na sua totalidade à Cooperativa Cosulati. O esposo e o filho se dedicam à produção de soja e arroz, mas plantam em outra propriedade.

A atividade leiteira na propriedade de 30 hectares começou há 17 anos. “Meu pai foi produtor de leite e eu sempre gostei dessa atividade e ajudava ele na leitaria”, diz Ivonis. Ela lembra que a produção foi iniciada com duas vacas e, logo em seguida, cerca de três meses depois foram adquiridas mais algumas. O melhoramento foi feito ao longo dos anos e hoje são 120 animais, 55, em media, em lactação.

“Sempre procuramos melhorar a genética da propriedade, com inseminação artificial e nutrição balanceada”, ressalta a produtora, que apresenta um rebanho de excelente qualidade, 10% da raça Jersey e 90% Holandês. Segundo ela, a alimentação é a base de pastagem e complementada com ração e silagem. A produção diária é de 1,3 mil litros de leite.

Ela aponta que o produtor de leite é pouco valorizado e, além disso, os insumos para produzir o leite estão com um preço bem elevado o que dificulta a produção. A falta de mão-de-obra especializada para ajudar na propriedade é outra queixa da produtora, que apesar de tudo, nunca abandonaria a profissão. “A vida do produtor é assim, sempre temos serviço à nossa espera, mas não trocaria por outra, gosto da vida no campo”, ressalta.
Ela se orgulha em dizer que a propriedade ainda mantém a sucessão familiar.

As filhas fizeram curso superior e resolveram voltar para casa e tocar a propriedade junto com a mãe, e assumiram a maior parte das tarefas, principalmente as de ordenha e cuidados com o rebanho. Além disso, ainda administram as suas casas, pois as duas são casadas e possuem dois filhos, cada uma. São cinco netos, diz a produtora, quatro meninas e um menino. Com todas as dificuldades, o amor pela atividade e pelo campo é o sentimento que move as produtoras a perisistirem na atividade, sempre buscando melhorar cada vez mais o seu produto. “A qualidade de vida no campo é muito superior à da cidade”, finaliza Ivonis.

Enviar comentário

Envie um comentário!
Digite o seu nome