
A Zona Sul do estado é estratégica. Uma viagem internacional, seja para Uruguai, Argentina ou Chile, possui a vantagem de estar a poucas horas de estrada. Mas o que para alguns é algo único, para os motoristas que transportam os passageiros passa a ser algo rotineiro.
Esse é o caso de Ivan Espinosa, de 43 anos, motorista da Kopereck há 20. O início na empresa, no entanto, foi como lavador. Em seguida passou a atuar como cobrador e depois assumiu o volante. “Desde que eu entrei na empresa sempre tive a intenção de trabalhar como motorista, sempre gostei de direção”, recorda.
E nas duas décadas em que está no cargo, já perdeu as contas de quantos destinos já visitou. Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai são alguns dos países em que já esteve. Em solo brasileiro a lista aumenta significativamente. “Não tenho nem ideia”, brinca, sobre a quantidade de destinos. Ele indica que sejam mais de 100, pelo menos.
Uma das viagens que mais o marcou, mas no sentido negativo, quando sofreu um assalto a caminho de São Paulo. Além da segurança, a estrada também pode trazer outras dificuldades, como as condições do asfalto, que Espinosa já sabe como lidar. “Eu sou muito tranquilo para dirigir, sempre procuro manter a calma, tento entrar na viagem, ter atenção somente no que estou fazendo”, explica.

No dia em que conversou com a reportagem do Jornal Tradição Regional, 12 de julho, uma quarta-feira, estava prestes a pegar a estrada rumo a Buenos Aires, com auxílio de outro motorista, percurso com início às 18h30 com chegada prevista às 12h do dia seguinte. A chuva e o vento forte não assustavam o profissional, que retornaria somente no domingo seguinte, com chegada em solo pelotense na segunda-feira.
A rotina na empresa ainda contempla o auxílio em outras funções, como na manutenção dos veículos. Mesmo com a grande experiência na profissão, ele ainda tem desejos a serem realizados. “Tenho vontade de conhecer mais lugares, tudo gera experiência”.