O protagonismo das mulheres rurais reflete a diversidade da atuação feminina no campo. Antes vistas meramente como ajudantes, as trabalhadoras rurais têm se destacado em diferentes etapas do processo produtivo de alimentos e em outras atividades relacionadas à geração de renda e ao desenvolvimento econômico social.
No Brasil, elas representam quase a metade da população ativa, com 50,03%. Em Jaguarão, elas também mostram sua representatividade, como é o caso da produtora Greisse de Quadro, que decidiu abandonar a loucura da cidade por uma vida mais tranquila no campo e, com isso, viver dele. Atualmente, ela e o marido Charles Araújo possuem 4.000 mudas de morangos San Andreas, na localidade da Estrada Curral de Pedra, localizada nas Pedras Brancas.
Greisse salienta que há um ano se apaixonou pelo plantio da fruta e de lá para cá não parou mais. “Todo trabalho no campo é cansativo, mas a recompensa é muito prazerosa. Eu amo o que faço”, disse.
Além dos morangos, a produtora diz que possui na sua chácara algumas hortaliças, doces e geleias artesanais que complementam a renda e também servem para consumo próprio, tudo livre de agrotóxico.
Outro exemplo é a produtora Jaqueline Fraga Amestoy, que abandonou o emprego de anos na cidade e escolheu a vida no campo e seus benefícios.Segundo ela, a família possui uma área 10 hectares de milho na localidade de Bretanhas, na segunda zona. Jaqueline, no entanto, ressalta que os desafios são enormes.
“Temos que nos preocupar com o preparo do solo, o plantio, a colheita e, por fim, o mercado”. A produtora diz que, hoje em dia, o setor está mais valorizado. “Estamos vendendo entorno de 80 reais a saca”, finaliza.
