Quando chega o mês de outubro, são comuns monumentos e grandes prédios estarem com os holofotes na cor rosa. Isso é para chamar atenção da sociedade sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama que avança assustadoramente entre as mulheres. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que em 2020 surjam cerca de 66.280 novos casos.
Além disso, a intenção é que a campanha também sirva para reforçar medidas que melhorem a vida daquelas que já sofrem com a doença. Mas a realidade para as mulheres que não têm dinheiro para pagar os exames de rotina é bem diferente.
Com a chegada da Covid-19 e a interrupção dos serviços prestados por hospitais e clínicas, as Secretarias Municipais de Saúde acumularam solicitações de exames de mamografia e ultrassom de mama. Em Capão do Leão, não é diferente. A cidade referência para mamografia é Canguçu que libera, aproximadamente, 33 exames/mês, divididos em três categorias: paciente de risco, aquele que apresenta nódulo; paciente fora de risco, acima de 40 anos e que faz exame periodicamente; e paciente por idade, acima dos 60 anos.
Segundo a coordenadora de regulação de exames da Secretaria Municipal de Saúde, Lúcia Helena Prietto Souza, o ultrassom de mama – que é outro exame importante para a mulher -, tem como referência Pelotas e existem cerca de 150 pacientes aguardando o chamado para fazer os exames, que é realizado por empresas prestadoras de serviços na área da saúde, mas que retomaram as atividades normais a partir deste mês.
A Secretaria prevê que essa demanda seja zerada somente no primeiro trimestre de 2021.