
Diariamente, a 35ª Abertura da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, em Capão do Leão, oferece palestras dos mais variados temas, reúne cerca de 200 empresas que apresentam a produtores e público em geral as mais recentes tecnologias aplicadas ao agronegócio, bem como universidades e instituições de pesquisa. A área destinada ao evento totaliza 27 hectares, sendo 1,6 deles cobertos pela lavoura Breno Prates, onde ocorrerá, na tarde desta quinta-feira (20), o ato oficial de abertura da colheita, com área plantada de arroz e de soja.
Em área anexa, as Vitrines Tecnológicas são uma atração à parte no evento e contam com a movimentação diária de grande público, reunindo cerca de 50 empresas. Os organizadores estimam a visitação de público de 16 mil pessoas, nos três dias. “Nossa vitrine está bem completa. Mais uma vez, procuramos sempre atrair um leque de empresas que abrangem todas as fases temas das culturas, hoje principalmente o arroz e a soja”, explicou o diretor técnico da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), André Matos.
As vitrines incluem, ainda, outras culturas, como o milho e as pastagens, utilizadas na rotação com o arroz. “Dentro da nossa vitrine, o visitante vai encontrar as últimas cultivares de arroz e soja lançadas que vão ser trabalhadas no mercado no futuro, tecnologias e biotecnologias, que também vão fazer parte do sistema produtivo e também discussões conceituais do sistema de produção”, explica Matos. Ele destaca que toda esta oferta de tecnologias é possível através das instituições de pesquisas como Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e faculdades como a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), sem esquecer as várias empresas privadas. “São mais de 40 empresas presentes na nossa vitrine, que trazem todas as soluções para o sistema de produção em terras baixas”, salienta.
Uma parada obrigatória na Vitrine Tecnológica da 35ª Abertura é o estande da Basf, localizado em uma das entradas principais e apresenta aos produtores suas inovações em sementes híbridas e soluções de proteção de cultivos. O arroz é um dos cultivos estratégicos para a Basf, que está ampliando seu portfólio de soluções com o lançamento de novos fungicidas, herbicidas e cultivares de sementes nos próximos anos, assegura a diretora de Marketing da Basf Soluções para Agricultura, Graciela Mognol. Ela afirma que muitas novidades estão por vir.
“O arroz faz parte de um sistema de cultivo prioritário para a Basf no país, cultivado em rotação com a soja. O sucesso da produção depende de uma visão integral do produtor e da lavoura, de uma safra a outra. Nós entendemos profundamente estas necessidades e por isso estamos constantemente apresentando inovações para o setor”, conta Graciela.
Entre os destaques do portfólio da empresa está o fungicida Seltima®, lançamento exclusivo para o cultivo de arroz para proteção preventiva contra a brusone, uma das principais ameaças à cultura. A doença pode ocasionar perdas de até 100% de produtividade em casos severos. A tecnologia também promove benefícios fisiológicos que contribuem para a rentabilidade e a qualidade do grão, contando com sistema de encapsulamento que garante uma liberação controlada do ingrediente ativo para a preservação do ambiente aquático.
No controle de plantas daninhas, o Aura® 200 é o grande destaque. O herbicida protege as gramíneas de arroz irrigado e em terras altas contra as principais plantas daninhas da cultura, como o capim-arroz, capim-marmelada, capim-carrapicho e capim pé-de-galinha. Tudo isso sem afetar as culturas subsequentes, como a soja e o milho, muito comuns na rotação de culturas com o arroz. “O manejo integrado de plantas daninhas e doenças é essencial para maximizar o potencial produtivo da colheita. Nossas soluções combinam inovação e sustentabilidade para garantir que o produtor alcance ótimos resultados de
qualidade de grão e produtividade”, afirma a gerente de Marketing de Cultivos Arroz e Trigo na B Solasfuções para Agricultura, Graziela de Morais.
As sementes híbridas da Basf, conhecidas pela alta performance, também têm espaço durante o evento. Os Sistemas Provisia® e Clearfield®, que conectam soluções em sementes e proteção de cultivos, são demonstrados em campo por meio da marca de sementes de arroz Lidero®. As tecnologias proporcionam um arrozal saudável, mesmo em áreas com desafios de resistência, oferecendo maior rentabilidade ao produtor ao otimizar o manejo de plantas daninhas invasoras e de difícil controle, como o capim-arroz e o arroz vermelho. Segundo levantamento da empresa, os ganhos com novos híbridos podem chegar a 25% de produtividade, em comparação com as variedades tradicionais.
Sistema Arroz RS 14
Outro destaque apresentado na vitrine é o sistema Arroz RS 14, lançado no início de fevereiro, em seu dia de campo estadual, pelo Irga. O técnico orizícola do Irga Zona Sul, Maicon Campelo, explica que o RS é de Resiliência e Sustentabilidade. “É um projeto de três anos e, em seu primeiro ano, irá acompanhar a mesma área neste período”, ressaltou.
De acordo com o técnico, o projeto está instalado em uma área experimental em cada regional do Irga, uma em Uruguaiana, Rio Grande, Camaquã, Santo Antônio da Patrulha, São Pedro e São Vicente. “Na Zona Sul, o projeto ocorre na Granja Quatro Irmãos, em Rio Grande, uma área de 109 hectares”, destaca Campelo. A região, segundo o técnico, será acompanhada por três anos.
O objetivo do projeto, a partir de uma série de práticas, é a obtenção de uma produtividade de 14 toneladas por hectare para a obtenção de maior volume de alimentos em uma mesma área. “Ali em Rio Grande já vem num patamar de 200 sacos por hectare, é um Nate que está sempre entre os tops do Estado”, salienta. A primeira colheita do projeto na Zona Sul deve ocorrer a partir do mês de março deste ano.