Área da lavoura de arroz no Estado supera 970 mil hectares, afirma Irga

Dados foram divulgados nesta terça-feira (18), no primeiro dia da 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, em Capão do Leão. (Foto: Luciara Schneid/JTR)

No primeiro dia da 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, nesta terça-feira (18), em Capão do Leão, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) revelou que o Estado já registra uma área semeada de 970.194 hectares de arroz na safra 2024/2025. Isso significa um acréscimo de 69.991 hectares em relação à safra 2023/2024 – 7,8% maior do que o ano passado. Já a área de soja em terras baixas fechou em 364.296 hectares e apresentou um decréscimo de 13,72% em relação ao ano passado, redução de 57.914 hectares.

No arroz, houve incremento no plantio em todas as regiões produtoras, com destaques para a Zona Sul, que fechou em 168.071 hectares semeados, incremento de 8,91% em relação a 2023/2024; Planície Costeira Interna (PCI), 8,69% a mais com 144.476 hectares; e Fronteira Oeste, a maior região produtora, com área 8,61% maior fechando em 286.629 hectares. A região da Campanha, com 140.885 hectares semeados, teve incremento de 7,58%; a Planície Costeira Externa (PCE), 6,33% e 106.334 hectares; e a Região Central com o menor incremento: 4,82% e 123.799 hectares semeados.

Na soja, apenas a Região Central, com 100,63% (46.689 hectares), e a Campanha, com 0,21% (87.815 hectares), tiveram acréscimo de área. A maior queda de área foi na Fronteira Oeste, que plantou área 47,41% menor com a oleaginosa (26.311 hectares), seguida da Zona Sul, com área 27,18% menor (94.968 hectares), Planícies Costeiras Externa (PCE), com menos 21,21% (36.896 hectares), e Interna (PCI), com área 14,77% menor (71.617 hectares).

Entre as cultivares mais semeadas no Estado na safra 2024/2025 está a Irga 424 RI, com 54,47% área, seguida pela BRS Pampa CL, da Embrapa, com 11,27%. As variedades Irga foram utilizadas em 63,09% das lavouras.

A diretora técnica do instituto, engenheira agrônoma Flávia Tomita, justifica a diferença de quase 30 mil hectares em relação à área semeada no mês de dezembro por conta do prolongamento da semeadura do grão neste ano. “Isso nos surpreendeu e hoje temos áreas recém semeadas, outras no período reprodutivo e algumas já colhendo”, disse. Segundo Flávia, já há lavouras colhidas na Fronteira Oeste, que tradicionalmente planta mais cedo e começa a colheita no mês de fevereiro.

A disparidade nos números entre a área semeada divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que apurou 951 mil hectares no Rio Grande do Sul, e os números divulgados pelo Irga foi tema da reunião da Câmara Setorial do Arroz, na manhã desta terça, na Abertura da Colheita do Arroz. A preocupação apresentada pelo presidente da Federarroz, Alexandre Velho, compete aos números da produtividade no Estado. De acordo com Velho, a época ideal de plantio no Estado é o mês de outubro, pois até mesmo o plantio no mês de novembro já implica em queda nos índices de produtividade das lavouras.

A disparidade nos números entre a área semeada divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e os números divulgados pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) foi tema da reunião da Câmara Setorial do Arroz, na manhã desta terça, durante o evento. (Foto: Luciara Schneid/JTR)

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