
O mundo inteiro sente os efeitos da pandemia de Covid-19, que já dura mais de um ano e que além de colocar em risco a saúde da população, também provocou danos irreparáveis na economia mundo afora. Município pequeno, com 39 anos de existência e uma população de 25.297 habitantes, Capão do Leão também sentiu esses efeitos. Os casos positivos de Covid-19 chegaram a 2.259, com 1.948 recuperados, 84 em análise, 132 em observação e 45 óbitos na terça-feira (27).
Com a chegada da vacina, as prefeituras se esmeram para a aplicação das doses nas populações prioritárias. Até agora, de acordo com o Vacinômetro RS, foram 6.510 vacinas destinadas ao município, 6.095 doses aplicadas, 17,36% (4.391) com a primeira dose e 6,74% (1.704) com a segunda. A vacina acende a luz verde da esperança, mas ainda não libera a população para retomar sua rotina normal. E isso preocupa o prefeito Vilmar Motta Schmitt, que após 12 anos da sua última administração, volta à Prefeitura e com um objetivo: realizar o máximo de esforços para que, de uma vez por todas, Capão do Leão encontre o caminho do desenvolvimento.
“Minha preocupação não é só com a administração, mas também com a situação de pequenas e médias empresas, muitas pessoas desempregadas e famílias que nunca tiveram este tipo de problema estão passando necessidade”, destaca o prefeito, que acredita que o pior ainda está por vir, pois “a situação pior é depois da guerra”.
Otimista, ele aposta nos setores que apresentam bom desempenho, como a agricultura, e busca ajudar no que for necessário. “Estamos aí no limiar de uma supersafra e felizmente conseguimos atender muitas reclamações em relação às estradas para escoamento desta produção”, ressalta.
De acordo com ele, a zona rural estava um pouco esquecida nos últimos meses. “Com o maquinário um pouco desgastado e falta de operadores, ainda conseguimos atender as várias reclamações”, destaca.
Segundo o prefeito, a administração municipal está trabalhando com apenas 25% dos seus funcionários. Além disso, ele disse haver uma cobrança quanto ao limite no número de cargos de confiança (CCs), que era de 50 e hoje é de 32. Uma solução, em seu ponto de vista, poderia ser a terceirização de mão de obra especializada, o que deve passar pela aprovação da Câmara.
Para Schmitt, a situação da saúde ainda é o grande desafio, atualmente, dos governos dos municípios. “Se faz o possível e o impossível, mesmo com dificuldades”, ressalta. Ele lamenta a queda na arrecadação, o que impacta diretamente nas finanças da Prefeitura, além dos problemas encontrados ao assumir o Executivo.
De acordo com o prefeito, não houve transição, apenas a entrega das chaves dos prédios pela administração anterior, no final do ano e, em alguns locais nem isso. “Não sabíamos por onde começar, o que precisava ser comprado ou pagamentos que precisavam ser feitos”, alega.
Segundo Schmitt, as coisas estão andando, mas os primeiros 60 a 90 dias foram de organização da casa. “Uma série de ações foi iniciada e não terminada, como calçamentos, pavimentação no Jardim América, verbas do governo federal e emendas com contrapartida da prefeitura que não tiveram prestação de contas”, diz. Segundo o prefeito, mesmo assim as perspectivas são boas em termos de arrecadação, com um bom planejamento para o controle de gastos. Ele acredita que tudo ocorre para que o município caminhe para o desenvolvimento. “A Câmara de Vereadores trabalha junto com a administração para buscar soluções, com o apoio de todos, independente de partido político”, assegura.
Entre as medidas vistas pelo prefeito como um meio para aumentar a arrecadação é a regularização de áreas de posse, que não recolhem o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
O prefeito também conta com o apoio do quadro funcional da prefeitura, que segundo ele, é muito qualificado. Em seu terceiro mandato, ele ressalta que houve muitas mudanças, principalmente na parte burocrática, o que demora um pouco até que a equipe se adapte e coloque em ação os procedimentos.
Aos 77 anos, Schmitt encara as dificuldades com muita tranquilidade e está sempre pronto para ouvir a comunidade e saber das suas demandas. “Todos têm problemas, quem não pode ter problemas somos nós”, ressalta. Para ele, o bom administrador precisa dar esta atenção à população.
Mesmo com todos os problemas encontrados, ele avalia que teve um bom início de governo, com a retomada de obras, principalmente de calçamento. “Nos meus dois mandatos calcei mais do que todos os outros mandatos”, assegura.
“Estou preocupado com a nossa avenida, em torná-la mais atrativa aos investidores”, comenta. Entre os investidores que Schmitt pretende atrair para o município são os da construção civil, voltados a empreendimentos de maior qualificação. Ele diz que na rede escolar, mais de 50% dos funcionários envolvidos no setor bem como, aqueles que trabalham nas três agências bancárias não moram no Capão do Leão, por falta de imóveis para comprar ou alugar.
“Há muito a ser feito e antes que as aulas sejam retomadas, as escolas precisam receber uma atenção especial, já que nestes dois anos paradas não tiveram evolução e se encontram em completo abandono”, diz o prefeito.
Através de decreto, as atividades presenciais em todas as escolas municipais e estaduais, situadas no município irão permanecer em regime remoto até o fim do ano letivo de 2021.
Principais ações do Executivo:
– Porto RS e lideranças de Capão do Leão debatem transformação da pedreira Cerro do Estado em Museu a céu aberto;
– Liberação pela CEF da continuação do calçamento da rua Pedro Silveira Lopes, no bairro Jardim América;
– Apreensão de cavalos na via pública;
– Chegada de autoclaves na Secretaria de Saúde;
– Secretário de Finanças fala sobre situação financeira do município na Câmara;
– Posse aos Conselheiros de Assistência Social;
– Prefeito entrega trator para Agricultura;
– Abertura de poço artesiano no Passo das Pedras;
– Asfaltamento de 800 metros da rua Santa Tecla;
– Entrega de kits de alimentação a alunos da rede municipal de ensino durante a suspensão das aulas;
– Retomada do atendimento ginecológico;
– Repavimentação pelo governo do Estado da avenida João Feliciano Xavier, que dá acesso ao município;
– Secretaria de Saúde retoma atendimento médico e enfermagem na zona rural;
– Retorno do recolhimento do lixo na zona rural;
– Criação de comissão formada por técnicos em diversas áreas para analisarem contratos em andamentos e pendentes;
– Patrolamento de ruas e limpeza de valas;
– Substituição de lâmpadas da iluminação pública;
– Vacinação contra a Covid-19.