
“É gratificante fazer o que gosta, o que se sente bem, praticamente realizando um sonho”. É assim que Matheus Stern Bierhals define o seu trabalho como transportador de leite. Mas essa história não começa com ele, já vem de outra geração.
O pai Waldir foi o que começou há mais de 20 anos, em uma época mais difícil e que o trabalho era mais braçal, pois não existiam tantas tecnologias que ajudam o transportador como agora. Naquele tempo, Bierhals acompanhava o pai nas rotas, e via que gostava muito desse serviço e de lidar com os produtores. O tempo passou, o pai transferiu o trabalho para o irmão mais velho, Miriel, e este convidou Matheus para ser sócio no negócio. Com o aumento da produção, foi necessário incluir mais um caminhão na rota, e o outro irmão, Maurício também começou a trabalhar com eles. Hoje são três irmãos, três caminhões e muitas histórias para contar.
Bierhals conta que seu dia começa às 4h da manhã e que muitas vezes o corpo já acorda antes mesmo do despertador. O dia é corrido, e os desafios são grandes, principalmente no inverno, com o frio, as chuvas e consequentemente as estradas embarradas e esburacadas. Ele conta que o recompensador é o vínculo com o produtor, que sempre auxilia quando é preciso, e brinca que até conversa demais com eles em algumas ocasiões.
“A gente tenta ser um pouco técnico, consegue informar umas coisas básicas quando necessário, e até um pouco veterinário, e ainda tem a questão de notas e pedidos que precisamos ser pontuais, então somos um pouco de cada coisa para atender melhor o produtor, porque ele é o carro-chefe”, explica o transportador.
A adequação às normas sanitárias e exigências e atender da melhor forma os produtores são as principais preocupações dos irmãos. Bierhals conta que os planos para o futuro são de aumentar o tanque, para atender a capacidade que os produtores possuem, e sempre ir melhorando os caminhões. “Os produtores só falam em aumentar a produção, e precisamos crescer junto com eles”, explica. Suas rotas são no segundo e terceiro distritos de Canguçu, e atualmente Matheus recolhe leite de 34 propriedades, Miriel de 37 e Maurício de 30.
Matheus conta que antes da Coopar Pomerano chegar na região, há cerca de 10 anos, era um período muito difícil e com menos produção, ele lembra que havia mil litros a cada dois dias. Com a chegada da Cooperativa muitos produtores aumentaram a sua produção, e outros trocaram de cooperativa. Ele lembra que todo mês entrava um novo produtor.
E com isso, aquele primeiro caminhão não tinha mais capacidade, foi assim que foram comprados mais dois. “Quando a Coopar Pomerano nos abraçou a gente sabia que estávamos com uma cooperativa séria e boa, e que ia voltar ao normal”, explica. Ele ressalta que produtor, transportador e cooperativa precisam trabalhar juntos, assim como uma engrenagem, para que todos saiam satisfeitos.