Arroio do Padre: Uma das atrações da festa, maçã começou a ser cultivada como diversificação nas propriedades

A fruta consumida atualmente na festa de Arroio do Padre é produzida nos pomares do produtor Mário Alberto Bonow, na Colônia Oliveira, 4º distrito de Pelotas. (Foto: Divulgação)

Mesmo não sendo uma das frutas tradicionais cultivadas na região, a maçã foi vista há alguns anos por produtores pioneiros como uma alternativa a mais na pequena propriedade. A fruta consumida atualmente na festa de Arroio do Padre é produzida nos pomares do produtor Mário Alberto Bonow, na Colônia Oliveira, 4º distrito de Pelotas. Bonow conta que os primeiros pomares foram implantados em 2001 e a fruta da variedade Eva foi vista, na época, como uma boa alternativa para a diversificação na propriedade, que era voltada exclusivamente à produção de pêssego.

De lá para cá, o produtor chegou a ter 12 mil pés da frutífera, mas com o tempo, fatores como a falta de pessoas para auxiliar no trabalho levaram à eliminação de algumas plantas, que chegam hoje a nove mil pés. “Estamos pensando em reduzir ainda mais, principalmente pela falta de mão de obra e a família também reduziu. Além disso, precisamos diminuir custos e, para isso, pensamos em eliminar aqueles pomares mais velhos, os primeiros implantados em 2001 e que já estão com 24 anos”, afirma.

O produtor conta que quando os primeiros pomares começaram a produzir, a maçã era um negócio lucrativo, o que foi mudando com o tempo, especialmente no que se refere ao clima. “Hoje, está muito mais complicado de produzir, não só a maçã, mas outras culturas também, pois o clima mudou bastante, o frio já não é suficiente”, relata. Bonow afirma que o pomar necessita em torno de 300 a 400h de frio ao ano com temperaturas abaixo de 7,2ºC para produzir bem – o que não ocorre há vários anos.

Segundo ele, houve safras em que este montante ficou entre 50 a 100h de frio. O produtor destaca que neste ano o período de frio não foi diferente e também se mostrou bastante complicado para a fruticultura por causa do excesso de chuvas. Isto afetou a produção anual, que era em torno de 80 a 90 toneladas em média. “Ainda conseguimos colher em torno de 35 toneladas”, contabiliza.

Mesmo com as adversidades climáticas, a qualidade da fruta está muito boa, com bom tamanho e ótimo sabor, garante o produtor, tranquilizando os visitantes da festa. A fruta para o evento também está garantida, com uma reserva de cerca de 5 a 6 toneladas conservadas em câmara fria, uma vez que a colheita ocorre entre os meses de janeiro e fevereiro.

Com a recomendação de consumo de, pelo menos, uma unidade por dia, a maçã é rica em nutrientes, como fibras, vitaminas, minerais, antioxidantes e ácidos orgânicos, além das vitaminas C, B, B6 e ácido fosfórico.

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