No interior de São Lourenço do Sul vive a família Osterberg, grande incentivadora da rota de leite da região pela Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores da Região Sul Ltda. (Coopar/Pomerano). A propriedade rural que teve como precursoras várias culturas como fumo, batata-doce, feijão e milho, começou a produzir leite em 1984 e há seis anos está voltada exclusivamente à pecuária leiteira com, aproximadamente, 30 vacas.
Para manter tudo em ordem, Edson Ary Osterberg, de 60 anos, trabalha ao lado da esposa Selmira H. Osterberg, de 57 anos e da filha Estela Osterberg, de 35. É diante desse cenário que a família alcança a terceira geração no campo e segundo o produtor, sua neta Mikaela Osterberg, de 6 anos, já vivencia o meio rural sempre que é convidada.
A rotina do casal e da filha começa às 6h da manhã, consistindo em manusear a vaca dentro da mangueira, ordenhar e alimentar os animais com ração, silagem e farelo produzidos no local. Para garantir a produção entre 18 mil e 20 mil litros de leite por mês, a família investiu na tecnologia. Através de orientação da Coopar/Pomerano, são realizados procedimentos de inseminação artificial nas vacas e melhorias na propriedade como, por exemplo, a criação de uma sala de espera e de ordenha, além de estruturas condizentes com as normativas da indústria do leite.
De acordo com Osterberg, esses melhoramentos aliados à boa dieta e sanidade dos animais refletem na bonificação do leite. Porém, pondera que os custos da produção ainda são altos e que a estiagem e o inverno prejudicam a produtividade.
Entretanto, mesmo diante de tanto trabalho, o produtor lembra o papel fundamental do governo quanto aos incentivos. “A agricultura precisa ser organizada e ter incentivo governamental. Sem estímulo nenhum por parte do governo não tem condições”, conclui.