Mulher dá à luz a uma menina na BR-392

A gestante seria levada de Piratini a Rio Grande, mas precisou parar no km 52 da BR-392, onde a equipe do Serviço Médico e Resgate da Ecosul fez o parto da bebê dentro da ambulância (Foto: Divulgação)

Quando os pais escolheram o nome de Kezya, queriam algo diferente do convencional. E foi exatamente assim que a menina chegou ao mundo no domingo (26), às 12h30, no km 52, da BR-392, na praça de pedágio do Capão Seco, em Rio Grande. O parto realizado pelos profissionais do Serviço Médico e Resgate (SMR) da Ecosul, contou com o apoio das técnicas de enfermagem que acompanhavam a gestante Elica Farias da Silva, na ambulância da Prefeitura de Piratini.

O grupo saiu do município por volta das 11h30, com destino à Santa Casa de Rio Grande, onde uma equipe já os aguardava a postos. Com 41 semanas e cinco dias de estação, Elica percebeu, já ao amanhecer, que era chegada a hora da filha nascer. “Por volta das 9h senti a primeira contração, mas imaginei que não fosse nada, porque tinha passado muito bem a noite e a previsão era de mais uma semana”, conta.

Com a insistência das dores, foi até o hospital e logo já se viu a bordo da ambulância do município, acompanhada da mãe, Maria Isabel Farias Bueno. No trajeto as contrações aumentaram. “Eu sabia que não chegaria a tempo de ganhar em Rio Grande, já que meus outros dois partos foram muito ligeiros”, descreve. Com a situação se agravando, quando passaram os limites de Capão do Leão o motorista da ambulância, acionou o Centro de Controle Operacional (CCO) da concessionária.

Na base do Capão Seco o plantão dos socorristas Cássio Melo e José Carlos Reis Freitas parecia tranquilo, até que a ambulância trazendo Elica estacionou. Ao verificarem a situação, acionaram imediatamente a médica, Bruna Brandão Farias. Checaram a pressão e os batimentos cardíacos da paciente e perceberam que não daria tempo de mais nada. Foi o tempo de auxiliarem a chegada de Kezya e ouvirem o choro do bebê. “Aquilo foi como um pôr-do-sol, eles abriram a porta da ambulância e eu já estava ganhando, ali mesmo”, relembra a mãe. Segundo ela o acolhimento que recebeu foi fundamental para se sentir segura e confiante. “A médica veio na ambulância comigo e os socorristas nos seguiram até chegarmos ao hospital”, destaca.

Kezya nasceu com 3,3 quilos e 47 centímetros, e goza de excelente saúde, assim como a mãe. Sobre a experiência inusitada, a mãe é só gratidão e ressalta que as duas equipes foram fundamentais para que a história terminasse com final feliz. “Agradeço em primeiro lugar a Deus por minha filha ter nascido com saúde, a equipe de Piratini que me trouxe, e a da Ecosul, que foram verdadeiros anjos”, salienta. Soma-se ainda o atendimento da Santa Casa de Rio Grande, onde as duas permanecem internadas.

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