As altas temperaturas do verão são convidativas para passeios na praia, em parques aquáticos, lagoas e outros pontos em que é possível se refrescar. Mas essas também podem ser ocasiões de descuido na alimentação, com o consumo de alimentos com excesso de açúcar e gordura, por exemplo. Para o período, a chave deve ser o equilíbrio.
A nutricionista Andréa Ribeiro Citrini explica que o planejamento e organização são importantes e o período também pode ser aproveitado para uma rotina alimentar. No caso de uma viagem à praia, por exemplo, é recomendado levar frutas geladas como uva, melancia, abacaxi, melão ou outras de forma pré-preparadas para estimular o consumo.
“Outra opção é o uso das oleaginosas como nozes, castanha, amendoim, ou frutas secas”, indica Andréa, apontando que deve-se evitar levar biscoitos ou bolachas.
Para o almoço, a dica é iniciar por uma salada colorida e, em seguida, uma proteína magra, como frango grelhado, ovo cozido, peixe grelhado, carne de gado magra ou opções vegetarianas, como salada de lentilha ou grão de bico.
No geral, é preciso ter uma alimentação rica em nutrientes, de forma balanceada, evitando alimentos gordurosos e frituras, carnes gordas, ultraprocessados e com excesso de açúcar.
Mas o verão também é marcado pelo período de férias e momentos para encontrar amigos e familiares, com refeições que podem sair da rotina. A dica é balancear esses momentos. “Equilíbrio é tudo”, alerta.
O mesmo também vale para aquele sorvete refrescante. Ele ainda pode ser trocado por uma versão caseira ou picolé, de preferência que tenham frutas. “E limite a quantidade, evite rodízios, que estimulam a comer mais do que necessitamos”. Com isso, não é preciso deixar de comer o que gosta, desde que haja moderação. “O problema, muitas vezes, não é o consumo, mas a quantidade ingerida”, aponta.
Para além da alimentação, o cuidado com a hidratação também é importante e deve ser realizado de forma ativa, ou seja, não somente quando há sede. “A dica é sempre manter uma garrafinha de água”, diz. A quantidade indicada depende do peso de cada pessoa.
Andréa afirma que, em média são indicados dois litros por dia, o que depende também da exposição ao sol e da prática de atividade física. “Quando está hidratado, o organismo fica em bom funcionamento. Ajuda a melhorar as atividades celulares, o processo de funcionamento dos rins, regular a pressão e a digestão corporal”, conta.
O consumo de água se torna ainda mais importante quando há a presença de bebidas alcoólicas, tendo em vista que essas aumentam a diurese, ou seja, a vontade de fazer xixi. Por isso, a ingestão dessas bebidas devem ser mescladas com a água. “Inclusive, ajuda a diminuir o consumo pois, muitas vezes, aumentamos o consumo pela sede, efeito da própria desidratação”, explica.
Caso a sensação de desidratação se mantenha no dia seguinte ao consumo, a recomendação é aumentar o consumo de água e ingerir sucos de frutas como melancia e melão, ou água de coco.
A hidratação também é fundamental para os pequenos, que podem utilizar o tempo para brincadeiras ao ar livre. Além disso, o momento pode ser de estímulo para a descoberta de novos sabores, com frutas da estação, por exemplo. “Lembre-se, o paladar está em formação, tem que provar muitas vezes para realmente dizer que não gosta”. É preciso também mantê-los longe de alimentos gordurosos e com excesso de açúcar. A melhor escolha são lanches caseiros como sanduíches naturais, bolos, pipoca – com uso de pouco sal. “Sempre introduzindo sabores novos, como aveia, farinha integral ou outras coisas que a natureza nos oferece”, destaca.
Andréa é nutricionista, pós-graduada em Fitoterapia Clínica. Mais informações podem ser obtidas no Instagram, pelo @andreacitrini.nutricionista.