Programa Monitora Ferrugem RS é concluído na safra 2021/2022

Na safra 2021/2022, o programa coletou informações em 48 municípios do Rio Grande do Sul. (Foto: Divulgação/Emater/RS- Ascar)

a terceira safra, chegou ao fim em abril de 2022. Semanalmente, foram disponibilizadas informações sobre a ocorrência de esporos de Phakopsora pachyrhizi e o prognóstico climático de risco de ocorrência da doença. Os esporos são estruturas de germinação do fungo que, em condições climáticas adequadas, se desenvolvem, gerando o desenvolvimento da ferrugem asiática em plantas de soja.

Na safra 2021/2022, em cooperação com 13 entidades de pesquisa e ensino, o Programa de Monitoramento da Ferrugem Asiática da Soja, coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e Emater/RS-Ascar, coletou informações em 48 municípios do Rio Grande do Sul, com 51 coletores, ante os 24 coletores da safra anterior.

Segundo o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapdr e um dos coordenadores do Programa, Ricardo Augusto Felicetti, o trabalho desenvolvido no Monitora Ferrugem RS permite, de maneira inovadora, a congregação entre entidades técnicas no enfrentamento à ferrugem asiática da soja, possibilitando ótimos prognósticos para o programa e para a sojicultura do Rio Grande do Sul.

O Monitora Ferrugem RS integra as informações obtidas no monitoramento de esporos de Phakopsora pachyrhizi com informações de risco climático, geradas pelo Sistema de Modelagem Numérica de Tempo e de Clima Regional (Simagro-RS), que servem para o desenvolvimento de políticas para o setor agropecuário, além de acompanhar o comportamento das variedades de soja plantadas no RS para identificação de eventuais perdas de resistência, além de subsidiar a pesquisa agropecuária sobre o manejo da doença.

De acordo com o extensionista rural, coordenador da Área de Culturas e de Defesa Sanitária Vegetal da Emater/RS-Ascar e um dos coordenadores do Programa, Elder Dal Prá, o programa disponibiliza uma ferramenta de suporte, fornecendo o embasamento necessário para a identificação do momento inicial da aplicação de fungicidas, contribuindo para a racionalização do uso desses materiais.

Resultados
Segundo Dal Prá, de forma generalista, a safra 2021/2022 se caracterizou pela presença constante de esporos no território gaúcho, em menores quantidades no início do período de desenvolvimento da soja, predominando nas regiões Oeste e Norte, com elevação a partir do avanço nos estádios de desenvolvimento, atingindo todas as regiões produtoras. Os relatos da ocorrência de doença no campo se deram a partir de março de 2022, sendo tardia em função da estiagem que aconteceu no estado.

Felicetti conclui que este comportamento epidemiológico é esperado e que este fato evidencia o desafio fitossanitário envolvido no manejo epidemiológico da ferrugem asiática da soja.

“Novas estratégias de controle espacial, envolvendo a cooperação de entidades ligadas à sojicultura, produtores e órgãos oficiais, devem ser desenvolvidas para a contenção do desenvolvimento da doença em nível territorial, o que pôde ser evidenciado nos acompanhamentos do Monitora Ferrugem RS”, disse.

As análises de ocorrências e prognósticos estão disponibilizadas no site do Programa (http://www.emater.tche.br/site/monitora-ferrugem-rs/apresentacao). Nesta safra, também foram inseridos os registros da ferrugem asiática identificada no campo, o que permitiu mais critérios para as decisões técnicas.

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