Oficina Recupera Rural RS discute diagnósticos e ações baseadas em Plataforma Colaborativa da Embrapa

Estiveram presentes no evento representantes de unidades da Embrapa Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (Foto: Olga Produções)

Foi realizada entre os dias 22 e 24 de outubro a “Oficina Recupera Rural RS” com representantes das sete unidades da Embrapa localizadas no Sul do país. O evento ocorreu na Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. O intuito foi elaborar um levantamento dos danos diagnosticados pela Embrapa e também sobre ações que já estão sendo realizadas, além de debater junto a outras instituições um plano colaborativo de reconstrução.

Segundo o coordenador do Recupera Rural RS, Ernestino Guarino, a oficina é fruto da “Plataforma Colaborativa Sul para Mitigação de Efeitos Adversos Climáticos na Agricultura”, desenvolvida pelas unidades da Embrapa, sendo elas Clima Temperado, Florestas, Pecuária Sul, Soja, Suínos e Aves, Trigo, e Uva e Vinho. No projeto, está sendo trabalhada a perspectiva de quais tecnologias e soluções da Embrapa que apoiam, reduzem ou mitigam os efeitos das mudanças climáticas.

“Esse era o nosso mote inicial para a região sul do Brasil. Quando aconteceu o evento climático em maio, a Embrapa redirecionou os esforços dessa plataforma para o projeto Recupera Rural RS”, explica Guarino sobre a plataforma que estava em construção durante as enchentes de maio e passou a ser colocada em ação para trabalhar com o processo de reconstrução do Estado.

No primeiro dia de Oficina, foram apresentadas ações e interfaces de pesquisa das unidades, além de colaborações de outras regiões. Já no segundo dia, representantes de 25 instituições compartilharam suas capacidades e necessidades para colaborar no plano de recuperação rural do Rio Grande do Sul. “A partir daí, vai surgir um conjunto coordenado de ações. E tem várias instituições trabalhando de acordo com as suas expertises. Isso aí foi uma coisa que a gente observou nesse evento das cheias, que cada instituição, principalmente as federais, elas têm expertise numa área”, relata o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Waldyr Stumpf Junior.

E para finalizar, no último dia, a Embrapa e a Emater/RS-Ascar elaboraram uma proposta conjunta para coordenar esforços, debatendo o plano com outras 11 instituições. Entre as ações discutidas, a prioridade do plano de recuperação será as bacias hidrográficas. O piloto dessas ações está previsto para ocorrer na Bacia Taquari-Antas e em parte da Bacia do Baixo Jacuí, que foram as mais atingidas. Guarino explica que tudo que for feito nessas bacias pode ser replicado e adaptado para outras. “A gente decidiu começar por essa, mas não quer dizer que nós não vamos ser parceiros para ações em outras bacias hidrográficas ou que nós estaremos distantes das outras regiões do Estado. É só um início”, ressalta.

Nos próximos três meses, serão definidas as entidades responsáveis por coordenar os esforços em cada região e articular com parceiros locais. Já a capacitação de técnicos e agricultores deve começar em até seis meses, juntamente com a instalação de Unidades de Referência Tecnológicas (URTs) adaptadas às necessidades locais. O trabalho incluirá capacitação e comunicação de conhecimento para agricultores, técnicos de extensão rural e técnicos municipais.

Outros movimentos que fazem parte do “Recupera Rural RS” são eventos que estão sendo realizados com foco no tema. Na região sul do RS, a Embrapa Clima Temperado promoverá dois eventos ainda neste ano. Um deles é a “Semana do Leite”, de 5 a 8 de novembro, na Estação Experimental Terras Baixas, em Capão do Leão; e, também, o “Agroecologia 2024”, de 4 a 6 dezembro, na Estação Experimental Cascata, em Pelotas.

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