
Com a chegada da estação mais aguardada do ano por muitos, a perspectiva é de temperaturas elevadas na Zona Sul do estado.
A MetSul Meteorologia informou que a estação começa sob a influência do fenômeno El Niño no Oceano Pacífico. Desde 2015, o verão não se iniciava com o Pacífico tão aquecido e as águas mais quentes na faixa equatorial do oceano devem influenciar o clima no Brasil ao longo da estação. Neste sentido, a estação deverá ter temperatura acima da média histórica na grande maioria ou totalidade das cidades gaúchas com algumas jornadas de calor muito intenso em que as máximas devem ficar próximas ou até superarem os 40ºC em partes do estado.
A meteorologista Estael Sias, da Metsul projeta que o verão de 2024 vai apresentar a comum irregularidade da chuva da estação no Rio Grande do Sul. Os acumulados de precipitação variam muito de um ponto para outro, inclusive dentro de uma mesma cidade. A soma dos volumes do trimestre do verão climático (dezembro a fevereiro) deve fazer com que a estação registre chuva perto ou acima da média, considerando que dezembro acabará com chuva muito acima da média em várias regiões gaúchas.
Já o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) em nota técnica divulgada em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) aponta que na região Sul a previsão indica maior probabilidade de chuva acima da média no sul do Rio Grande do Sul. Nas demais áreas, são previstas chuvas irregulares, com totais podendo atingir valores próximos ou ligeiramente abaixo da climatologia. As temperaturas devem ficar próximas ou ligeiramente acima da climatologia.
A Climatempo relata que o verão será mais quente que o normal diferentemente do período de 2020 a 2023, sob La Niña, que favoreceu estiagens durante a estação. Nesta temporada deverá haver mais chuva e umidade, o que vai significar um maior número de dias abafados com noites mais quentes e maior frequência de tempestades de verão.
A estação deverá ter menos eventos de chuva extrema sobre a região, mas os volumes de chuva seguirão acima da média na maior parte do período. A meteorologista Stefanne Tozzo, em artigo publicado no site da Climatempo, chama atenção que janeiro e fevereiro terão os maiores desvios nos volumes de chuva, principalmente no oeste da região. Em março, a chuva aumenta especialmente na segunda quinzena, e volta a aumentar o risco de transtornos por chuva excessiva e muitos temporais.