Na tarde desta sexta-feira (14), o governador Eduardo Leite anuncia o novo modelo de gestão no enfrentamento à pandemia, com objetivo de simplificar os protocolos, aperfeiçoar o sistema, além de intensificar a adesão das prefeituras e da população. Com isso, o sistema está baseado em três As: aviso, alerta e ação.
Inicialmente, o governador destacou que, apesar da redução recente no número de casos e óbitos, houve um aumento de casos no Paraná, além de países como Argentina e Uruguai, o que chama atenção do Estado.
Ainda, explicando o novo sistema, Leite alertou que as regiões de Santo Ângelo, Ijuí e Cachoeira do Sul são as que geram maior preocupação no governo neste momento, sendo que o Comitê de Dados poderá definir se essas regiões receberão avisos nos próximos dias.
Os boletins emitidos pelo governo estadual serão diários, podendo ser acompanhados exclusivamente pelo site sistema3as.rs.gov.br. Serão monitorados números de casos confirmados, hospitalizações, óbitos e vacinação. Segundo o governador, dessa forma reforça a transparência na gestão do combate à pandemia.
O decreto deve ser publicado na tarde de sábado (15).
Protocolos
A proposta do novo sistema é separada em protocolos gerais e de atividades. Nos protocolos gerais, o governo estadual define quais serão as medidas que devem ser seguidas pela população em todas as atividades no território gaúcho, como, por exemplo, o uso correto de máscara, distanciamento mínimo, higiene das mãos e ventilação e circulação de ar, ocupação de espaços coletivos em horários diferentes, trabalho remoto, proibição de aglomerações, entre outros.
Já nos protocolos de atividades, serão divididos em obrigatórios e variáveis por região, também definidos pelo Estado. Os variáveis por região poderão ser flexibilizados se houver acordo entre, pelo menos, dois terços das prefeituras de cada região, com definição de responsável técnico e elaboração de plano de fiscalização.
O que são os “três as”
• Aviso: quando detecta uma tendência, o GT Saúde emite um aviso para a equipe técnica da região. A partir disso, a região deverá redobrar a atenção para o quadro da pandemia.
• Alerta: quando detecta uma tendência grave, o GT Saúde informa o Gabinete de Crise sobre a necessidade de emitir um alerta para a região. A partir daí, o Gabinete de Crise decide se deve emitir ou não esse alerta para a região, que seguirá sendo monitorada.
• Ação: se o Gabinete de Crise decidir emitir um alerta, a região terá 48 horas para responder sobre o quadro regional da pandemia e apresentar uma proposta de ações a serem tomadas. Se a resposta da região for considerada adequada, a proposta é aplicada imediatamente, e a região segue sendo monitorada pelo GT Saúde. Caso a resposta não seja adequada, o Estado poderá intervir e estipular ações adicionais a serem seguidas.
