Vacinação de animais de produção

A vacinação é fundamental para proteger os indivíduos das mais variadas espécies, inclusive o ser humano. Com o esquema vacinal correto, a imunidade do animal é capaz de combater algumas das principais doenças que podem o levar a óbito. Além disso, é obrigatório vacinar os animais de produção para que o transporte seja permitido por lei. Em feiras, competições e exposições, a aglomeração de animais é grande, podendo servir de meio de contágio para as mais diversas doenças infectocontagiosas que acometem equinos, ruminantes, suínos e aves.

Para os animais da espécie equina, são basicamente cinco doenças que o protocolo de vacinação busca imunizar: raiva, tétano, encefalomielite, influenza e rinopneumonite. Todas devem ser aplicadas em duas doses nos potros: a primeira na desmama e a segunda 30 dias depois, com reforços anuais posterior a isso. No caso da rinopneumonite, para animais adultos, se recomenda reforços a cada 6 meses e, no caso de éguas prenhes, aplicações no 5º, 7º e 9º meses de gestação.

No caso de bovinos, há uma variedade de vacinas que podem ser aplicadas, de acordo com a recomendação veterinária. A vacina da febre aftosa depende de recomendação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O estado do Rio Grande do Sul entrou, no mês de agosto de 2020, na zona livre da doença sem vacinação. Já para a brucelose é feita apenas uma única dose em fêmeas entre os 3 e 8 meses de idade.

No caso das clostridioses (doenças altamente letais) a vacinação mais recomendada é de duas doses iniciais, sendo a primeira aos 2 meses com reforço após 30 dias e, posteriormente, aplicações anuais, mesmo protocolo para a raiva. Outra importância em termos de vacinação é das doenças reprodutivas em bovinos (IBR, DVB), onde os animais devem ser vacinados aos três meses de idade, com segunda dosagem 30 dias depois e reforço anual. Nesse caso, é recomendado para animais em reprodução que sejam vacinados um mês antes do início da estação de monta. Outras doenças como botulismo e leptospirose também são alvo de protocolo vacinal nessa espécie, de acordo com recomendação veterinária.

Para ovinos, são preconizadas vacinas principalmente para quatro doenças: raiva, clostridiose, linfadenite caseosa e ectima contagioso. Para a raiva e linfadenite caseosa, se vacina entre os 3 e 4 meses com reforços anuais. Já para as clostridioses e ectima contagioso, só se vacina em regiões onde ocorram as doenças, de acordo com as recomendações do médico veterinário.

A vacinação em dia oferta bem-estar e sanidade aos animais de produção. Rebanhos sem controle de doenças são susceptíveis a inúmeras doenças, causando perdas massivas de produção e até a morte de dezenas de animais. Gasto com prevenção de doenças nunca é oneroso ao produtor quando comparado com o custo dos tratamentos das doenças.

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