Uma das melhores coisas desta vida é o poder dialogar

Era muito comum ouvirmos as pessoas dizerem para nós quando éramos pequenos: “Enquanto um burro fala o outro abaixa as orelhas”. Também ouvíamos que “crianças não podiam se meter em conversas de adulto”, dentre outras frases prontas que muitas consequências nos trouxeram ao longo da vida. Mas será mesmo que pensamos nas consequências que isso pode causar a uma pessoa? Será que não estamos repetindo este comportamento com as nossas crianças?

Dialogar é um bem natural que precisa ser desenvolvido desde muito cedo. Aprendemos a nos comunicarmos, mas será que aprendemos a dialogar?

Dialogar vai além da comunicação. O diálogo exige escuta ativa e fala empática, é um processo de troca humana, onde devemos buscar a maior conexão possível entre as pessoas. É buscar uma terceira alternativa, é compreender e respeitar.

Dialogar deveria virar hábito, diálogo poderia virar matéria escolar, não devíamos ter medo de expor o que sentimos nem de ouvir de coração aberto o que o outro tem a nos dizer.
Porque falar o que sentimos pode prevenir doenças, pode curar feridas e aproximar as pessoas. Assim como o ato de ouvir com atenção a fala do outro nos torna seres humanos mais verdadeiros, mais respeitosos e mais cuidadosos.

Abrir-se para o diálogo é realmente mágico e transformador, porque o diálogo não julga, não critica e busca uma solução que seja agradável para todos os envolvidos, sem ferir, sem magoar, sem prejudicar.

Então se olhares hoje para a tua vida, para os ambientes que frequentas, como está o diálogo entre as pessoas? Como está o teu diálogo dentro da tua própria casa, no teu trabalho, no teu meio social? Acontece ou ele não existe? Ele flui ou é uma comunicação imperativa, que apenas dita uma ordem, um viés, um lado da história? Observe, avalie e desenvolva.

Mas vamos além, vamos olhar como estamos desenvolvendo o ato de dialogar nas nossas crianças? Estamos repetindo e reforçando aquilo que nos foi ensinado e que de certa forma não nos trouxe bons resultados, onde estamos tendo que enfrentar radicalismos, intolerância, extremismos? Ou estamos ensinando o diálogo libertador, afetivo?

Será que damos espaço para o outro se expor sem se sentir subestimado, humilhado, ignorado? Será que acolhemos opiniões diferentes das nossas? Será que damos a atenção devida aos sentimentos daqueles que não são tão claros, daqueles que não se expressam tão bem?

Novamente te convido a observar, avaliar e desenvolver. Se passarmos a praticar o diálogo com olhos de solução, de acolhimento, de união, teremos uma sociedade mais respeitosa, compassiva e generosa.

Quando entendermos que o diálogo liberta e ao mesmo tempo aproxima, daremos mais chances a ele, seremos pessoas mais livres para nos expressarmos e mais empáticas para escutarmos e, assim, teremos relações onde sempre prevalecerá o respeito e a honestidade. Não é bem melhor? Então bora incentivar e desenvolver o diálogo em toda e qualquer situação.

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