Adotei um filhote – como funciona a vacinação?

Adotar um cão ou um gato é sempre momento de felicidade por estar recebendo no lar uma vida nova. Contudo, isso também traz responsabilidades para com a vida deste animal. É necessário garantir a saúde para que cresça com qualidade e fique por muitos anos enchendo a casa de alegria e companheirismo. Para isso, há cuidados essenciais, como alimentação adequada para filhotes e, principalmente, a imunização correta.

Inúmeras doenças infectocontagiosas podem afetar as espécies domésticas ao longo da vida. Porém, nos primeiros meses de vida, o cuidado é redobrado, visto que o animal sai do ambiente uterino sem suas defesas completamente formadas. É na amamentação, nas primeiras semanas de vida, que a mãe garante anticorpos que vão ajudar o filhote a se defender contra patógenos nesse período. Entretanto, essa imunização não garante defesas para a vida inteira.

Doenças como parvovirose e cinomose em cães, leucemia felina (FeLV) e panleucopenia em gatos e até mesmo raiva em ambas as espécies podem abreviar a vida dos filhotes rapidamente. Microrganismos que não causam doenças em animais adultos já imunizados podem ser (e na maioria das vezes são) fatais para recém-nascidos. Há também vírus que sobrevivem por meses no ambiente. Por isso, o protocolo de vacinação é fundamental para garantir que essas infecções não ocorram.

Em cães, a partir dos 45 dias de vida já se começa o protocolo vacinal. No primeiro ano, são preconizadas de 3 a 4 doses da vacina múltipla, que se chama V8 ou V10. A diferença entre elas é que, além de proteger contra cinomose, hepatite infecciosa canina, parainfluenza, parvovirose, coronavirose e leptospirose (sorovares Canicola e Icterohaemorrhagiae), a V10 possui proteção contra mais cepas da Leptospira. Após a primeira aplicação, as doses subsequentes devem ser dadas em intervalos de 3 a 4 semanas. Além disso, a vacina da raiva é aplicada também nesse período, em uma dosagem. Após esse protocolo, tanto a múltipla quanto a antirrábica devem ser reforçadas anualmente. Existe ainda a vacinação contra a tosse dos canis, recomendada para cães que vivem em ambientes com outros caninos em grande quantidade.

Já para felinos o protocolo é quase o mesmo, com a diferença de que a múltipla se chama de V3, V4 ou V5. Esta última imuniza contra panleucopenia felina, rinotraqueíte, calicivirose, clamidiose e FeLV, sendo a mais indicada principalmente por causa do vírus da leucemia felina. São recomendadas três dosagens, além da antirrábica, com reforço de ambas anualmente.

Dica veterinária da semana
Animais adultos que não tenham histórico de vacinação também devem ser imunizados com orientação de médico veterinário. Normalmente se aplicam duas doses das múltiplas, com intervalos de 21 dias entre elas, e uma dose de antirrábica. Ambas devem ser reforçadas anualmente também.

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