O terreno localizado no trevo de acesso a Piratini, na ERS-702, comprado pelo Estado no governo de Tarso Genro (PT) para abrigar a subestação de energia – que objetiva solucionar o problema de geração e distribuição no município – não vai receber a obra orçada em R$ 60 milhões também na gestão de Eduardo Leite (PSDB).
A notícia foi dada na última segunda-feira (28) pelo vereador pedetista Sérgio Castro, presidente de uma frente parlamentar que busca a solução para o problema que limita a capacidade de investimento na cidade.
Ele assegurou que, em virtude dessa negativa, se esvai a esperança de que Piratini abrigue um investidor que proporcionaria mais R$ 40 milhões anuais na arrecadação. “A Incobil, empresa que fabrica pellets, um produto tipo exportação, quer se instalar no polo madeireiro, no 4º Distrito, mas para isso exige quatro megawatts de potência, mínimo para que possa produzir com qualidade, o que a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), já disse que não tem condições de ofertar com a estrutura existente, e isso seria possível com a subestação que o governo do Estado agora diz não ter dinheiro para isso”, lamenta o vereador. Para construir a Incobil, seriam investidos R$ 18 milhões.
Para ele, isso vai na contramão do discurso adotado pelo Palácio Piratini para a região. “O governo fala em desenvolvimento para a nossa região, mas como, se a mesmo tempo não oferece condições para isso?”, indaga Castro, assegurando que caso fosse possível receber a Incobil, a arrecadação passaria de R$ 50 milhões para R$ 90 milhões por ano, o que em sua visão, faria o município dar um salto não somente na injeção de recursos através do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas também na geração de empregos.